Quem sou eu

Escrever alguma coisa não é simples como parece. Um texto que através de palavras, passe emoções e sentidos, exige sentimentos. Não tem hora ou lugar para se escrever. O segredo da escrita é colocar no papel o que seu coração te diz. Nunca deixe de ouvi-lo, porque quando um coração fala você é capaz de escrever palavras que nunca poderia imaginar. O melhor de escrever é provocar a reação final no leitor. Começar um blog é extremamente monstruoso. Parece um bicho de sete cabeças! Mas, nós duas estamos aqui para desvendar esse desconhecido. Por favor, se alguém quiser ler sobre algo, dê a sugestão. Quem sabe não vira um texto interessante? Deixem comentários nos textos que gostarem e também nos que não gostarem. Não é só de elogios que o homem progride, precisamos de críticas! O blog “Weird and Greasy” nasceu para suas autoras expressarem seus sentimentos e provocarem emoções em seus leitores. Esperamos, sinceramente, que todos gostem e se identifiquem com pelo menos um texto. Aproveitem!

segunda-feira, 14 de março de 2011

Crise de identidade

Para vivermos bem é necessário que saibamos nos relacionar com as pessoas que nos cercam, o que nem sempre é fácil. A convivência social pode ser muito importante para a construção do nosso caráter, entretanto, numa relação desarmônica, ela pode acabar deturpando nosso senso crítico.
“Não se pode ser feliz sozinho”- disse o poeta, e disse com razão; a interação desperta em nós os sentimentos e nos ensina a essência do amor, da vida e de nós mesmos. Acabamos nos espelhando nas pessoas que admiramos e a partir daí criamos a nossa própria identidade e damos sentido à nossa existência.
Já na Teoria do Bom Selvagem, Rosseau afirmava que a sociedade corrompe o indivíduo (que por si só nasce bom). Significa que a vida em sociedade também desperta em nós valores negativos. Nos submetemos aos que ditam verdades incontestáveis e perdemos nossa própria opinião. A “Idade das Trevas” e os governos totalitários são exemplos de que a alienação é o mal da convivência.
O segredo de conviver é saber aproveitar do próximo o que ele nos oferece de melhor sem deixar que as ideias alheias nos usurpem e nos causem uma crise de identidade. Isso exige tolerância, respeito, paciência e muito jogo de cintura, mas é um bom caminho para ganhar conhecimento e atingir uma vida plena.


Maria Eduarda Amorim, pagando de escritora :3

quinta-feira, 3 de março de 2011

Obsoleta

Ela nunca entendeu o porquê se envolveu em tudo aquilo. Ela nunca soube o que sentia por dentro. Ela não tinha noção como soava a sua voz ou de como era macio o seu toque. Ela nunca descobriu o porquê deixou-se levar pelos encantos sem mágica. Ela nunca compreendeu o que tanto havia dentro de seus olhos. Ela nunca achou qual era o feitiço que a prendia ali. Ela nunca entendeu o seu coração acelerado. Ela nunca soube o porquê de um amor tão amado. Ela não sabia por qual motivo não podia sair dali. Ela nunca entendeu nada. Apenas sentia sem compreender.
Mas, agora que o frio a envolvia e a solidão a preenchia completamente, a deixando inteiramente vazia, ela sabia. No momento presente, em que ela se via constantemente doente, com lágrimas escorrendo de seus olhos descontentes, com uma agonia persistente, que denunciava a ausência de seu coração pulsante, ela sabia.Agora ela entendia o que a sua voz secreta tanto dizia, gritava, berrava. Sua cabeça latejava, até doía. Ela sabia. Agora tudo fazia o mais perfeito sentido, como se a última peça de um grande quebra-cabeça fosse posta no todo. Ela sabia. Isso era tão forte. Como nunca havia notado tal importância. Seu corpo estava ativo, mas sua alma, obsoleta. Era amor. Sim, disso ela ganhou consciência. Por que? Porque após a longa distância, ela sabia que ele a mantinha viva!

Paula Amorim