Aquele dia foi tão especial. Acordei com um frio na barriga e não podia acreditar que finalmente tinha chegado a hora. Tomei banho, vesti uma roupa especial para a ocasião. Sequei o cabelo e passei maquiagem. Deixe meus olhos bem demarcados do jeito que você gosta. Passei perfume e fiz uma oração. Em um instante, eu realizei que você era tudo aquilo que eu mais queria no mundo inteiro. O meu coração batia mais feliz, meus lábios sorriam sozinhos, meus olhos brilhavam cheios de amor. Eu me sentia tão completa, não me continha de tanta alegria. Eu teria a sua presença mais uma vez. Meu Deus, eu sou completamente apaixonada! Mas, quando eu te vi, não segurei a emoção e transbordei como uma represa. A espera foi tão longa. Meu calendário todo riscado, me dizia que aquele era o grande dia do reencontro. Meu relógio parecia parado, os ponteiros não andavam, apenas faziam barulho. Fiquei ali, em pé na calçada, pensando em você, imaginado como estaria lindo, curtindo toda a saudade que eu mataria logo em seguida e esperando você aparecer. Eu esperei e esperei e esperei. Ah, mais que demora! Meu coração gritava, precisava tanto te ver e ouvir cantar para mim. Então, eu te encontrei. Foi maravilhoso. Foi como respirar de novo, foi como ganhar asas e sair voando Brasil a fora. Eu perdi o senso da razão e não sentia mais nada. Apenas existia você ali comigo. Meus olhos ficaram borrados, mas você não se importou. Você parecia tão surreal! Estava mais perfeito do que eu me lembrava. Eu perdi a fala e não conseguia dizer nada do que eu havia planejado, a não ser implorar que você ficasse ali para sempre. Eu te amo tanto e ter você ali fez tão bem para mim. Eu exalava saudades. O tempo que ficamos juntos não foi o suficiente para derreter toda saudade que havia se acumulado dentro de mim. Você disse que me amava e sorriu, e essa foi a última imagem que guardei daquela noite fria, que foi aquecida por nossos corações apertados e aflitos. Eu segui você até o hotel, e me despedi te vendo entrar na garagem subterrânea.
Paula Amorim
Quem sou eu
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- Escrever alguma coisa não é simples como parece. Um texto que através de palavras, passe emoções e sentidos, exige sentimentos. Não tem hora ou lugar para se escrever. O segredo da escrita é colocar no papel o que seu coração te diz. Nunca deixe de ouvi-lo, porque quando um coração fala você é capaz de escrever palavras que nunca poderia imaginar. O melhor de escrever é provocar a reação final no leitor. Começar um blog é extremamente monstruoso. Parece um bicho de sete cabeças! Mas, nós duas estamos aqui para desvendar esse desconhecido. Por favor, se alguém quiser ler sobre algo, dê a sugestão. Quem sabe não vira um texto interessante? Deixem comentários nos textos que gostarem e também nos que não gostarem. Não é só de elogios que o homem progride, precisamos de críticas! O blog “Weird and Greasy” nasceu para suas autoras expressarem seus sentimentos e provocarem emoções em seus leitores. Esperamos, sinceramente, que todos gostem e se identifiquem com pelo menos um texto. Aproveitem!
segunda-feira, 30 de maio de 2011
quarta-feira, 4 de maio de 2011
e o que restam são saudades...
é tão horrível perceber que o tempo passou e já não é o mesmo. é péssimo ver que a sua vida não é mais a mesma de alguns meses ou anos atrás. tantas pessoas que eram essenciais antes, hoje são apenas fantasmas do passado, que não me deixam nada se não saudades. tantos lugares! quantos sentimentos, olhares e momentos! quantas vezes disse que não iria esquecer e que nunca iríamos nos separar e olha agora onde nós estamos. não te conheço mais direito... o ruim de viver é ter que deixar o tempo passar e a história se reinventar! queria tanto voltar no passado só para poder estar com você novamente, queria poder ter te preservado mais do meu lado, para que hoje ainda tivesse você aqui. queria ter dito mais vezes eu te amo. queria ter aproveitado mais o meu tempo fazendo coisas novas e passando meus dias com pessoas que eu tanto prezo. saudades, isso é a única coisa que resta! quando penso em toda a minha vida, o que me preenche por inteira é saudade. apenas saudades! e o que fazer com ela, se a mesma não é palpável? como livrar-se dela, se ao mesmo tempo que ela está, não está aqui? não há meios de matá-la, porque todas as vezes em que você não estiver aqui e eu me lembrar da nossa antiga vida, a saudade me abraçará e o meu coração cairá no poço da aflição.
Paula Amorim
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