Quem sou eu

Escrever alguma coisa não é simples como parece. Um texto que através de palavras, passe emoções e sentidos, exige sentimentos. Não tem hora ou lugar para se escrever. O segredo da escrita é colocar no papel o que seu coração te diz. Nunca deixe de ouvi-lo, porque quando um coração fala você é capaz de escrever palavras que nunca poderia imaginar. O melhor de escrever é provocar a reação final no leitor. Começar um blog é extremamente monstruoso. Parece um bicho de sete cabeças! Mas, nós duas estamos aqui para desvendar esse desconhecido. Por favor, se alguém quiser ler sobre algo, dê a sugestão. Quem sabe não vira um texto interessante? Deixem comentários nos textos que gostarem e também nos que não gostarem. Não é só de elogios que o homem progride, precisamos de críticas! O blog “Weird and Greasy” nasceu para suas autoras expressarem seus sentimentos e provocarem emoções em seus leitores. Esperamos, sinceramente, que todos gostem e se identifiquem com pelo menos um texto. Aproveitem!

terça-feira, 26 de julho de 2011

Interior

Queria transmitir e traduzir para palavras tudo aquilo que eu sinto quando escuto uma música. Cada sensação, pensamento, delirio. Sinto medo, desespero, paz, amor, há sentimentos que nem ao menos sei nomeá-los. Mas são tão fortes e intensos. Me consome feito uma chama descontrolada. Sinto dentro de mim, uma sede insaciável de mudar as coisas, de finalmente agir e deixar de ser a pessoa que sempre espera. Não aguento mais esperar. Eu não aguento.

Paula Amorim

terça-feira, 12 de julho de 2011

Liberdade

Antes eu sentia amor, depois passei a sentir raiva e agora... não sinto mais nada.
É estranho, sempre fui envolvida por inúmeros sentimentos e agora, de repente, todos se foram. Lembro de nós dois e o que sinto é só indiferença. O passado não abala mais.
Foi essa ausência de sentimentos que me fez ficar meses sem escrever, meus textos eram sempre carregados de emoção, mas de uma hora para outra eu passei a me sentir vazia e confusa. Mas isso não foi ruim, eu precisava de um tempo pra mim, precisava me entender.
Agora eu encaro o amor de um jeito diferente.
Leio meus textos antigos e me pergunto como eu pude sentir tudo aquilo, como aguentei tanta dor?
Acho que é isso que se chama crescer.
Sim, eu cresci e percebi que não preciso mais viver por alguém e nem me desvalorizar para ser amada. Eu sei realmente quem se importa comigo e quem merece o meu amor, são umas poucas pessoas que eu chamo de amigos.
Cansei de amizades fúteis e sentimentalismo falso. Descobri que não preciso disso pra continuar escrevendo. Tenho coisas melhores para falar sobre, posso criar muita coisa boa e posso escrever histórias bonitas mesmo nunca tendo vivido-as. Através dos meus textos eu posso viajar, posso criar um mundo inteirinho meu.
É, a escrita ainda é a minha válvula de escape.
Hoje vivo por mim mesma e por quem eu amo. Aprendi a me respeitar e respeitar meus sentimentos. Cansei de desperdiçá-los com quem não merece.
E quer saber? Me sinto muito mais feliz assim, mas leve e livre. Voaria se eu tivesse asas.
Deixei o pessimismo e as tristezas de lado e percebi que a vida se torna muito mais fácil quando deixamos de ver o amor como um problema e passamos a dividi-lo com quem realmente merece. 
Vivo porque tenho vontade de viver e minha vida é importante demais para ser deixada em segundo plano.


Maria Eduarda Amorim

sábado, 9 de julho de 2011

Engessada

Uau! A que ponto eu e a Maria Eduarda chegamos... Junho foi um mês nulo em nosso blog! Escrevi tantos pensamentos, passei por tantas dificuldades nos últimos meses. São situações difíceis: algumas foram como pequenos espinhos que se infiltram no dedo indicador, outras já se mostraram mais pesadas, como um corte profundo na testa que precisou de seis pontos.
Porém, depois de tanto pensar e discutir comigo mesma, eu percebi uma coisa que talvez vocês gostariam de saber também. Não importa o tamanho do seu ferimento, ele vai ser estigmatizado. Pode levar pouco tempo ou um grande bocado, mas tenha certeza de que uma hora ou outra irá cicatrizar. E tenha consciência de que esse não será seu último machucado. Ao longo da vida, colecionaremos várias cicatrizes que representam tudo aquilo pelo que sofremos e vencemos. Essas marcas são maravilhosas: nos lembram de uma dor que não sentimos mais, porque tivemos o gosto da vitória.
Então, eu entendi que quando eu decidi parar de escrever por um tempo indeterminado, eu tinha quebrado a minha perna. Quando não escrevo é um grande sofrimento, pois tudo o que tenho dentro de mim começa a se acumular até ficar prestes a explodir e detonar tudo o que está ao meu redor. Minha terapia é escrever e expor para mim mesma tudo o que está dentro da minha mente e eu nem possuía conhecimento. Nesse mês de Junho, eu estava engessada, mas declaro a todos vocês que já tirei o gesso e posso andar em linhas curvas e assimétricas novamente.

Paula Amorim

High School

O colégio era bonito e grande, me perdi muitas vezes naquele labirinto de corredores. Já era a terceira semana de aula e eu ainda não tinha aprendido o caminho pra minha sala. Nos intervalos, eu costumava passear pelo prédio em busca de caminhos alternativos até o pátio ou ao banheiro, pois, como eu ainda não tinha amigos, essa era a minha diversão e, além disso, eu ganhava mais senso de direção.
Certo dia, num desses passeios, descobri um banco no pátio da onde eu conseguia enxergar o parquinho dos alunos da educação infantil. Hoje eu posso dizer que esse banco mudou minha vida!
Eu estava sentada observando as crianças brincarem e então senti uma nostalgia imensa da minha infância, era tudo tão simples quando minha única preocupação era me divertir...
Mas o tempo passa, voa e no ensino médio as coisas não são tão fáceis, ainda mais quando você é a aluna nova, numa cidade nova, ou seja, uma completa estranha para todos a sua volta. Me perdi em pensamentos e de repende senti uma mão em meu ombro, era alguém me avisando que o sinal já havia batido. Olhei pra cima para agradecer e então me deparei com o garoto mais lindo do mundo. Ele tinha cabelos castanhos, olhos verdes penetrantes, um nariz bem redondinho e um sorriso maravilhoso. Como eu não tinha notado esse deus grego antes? Bom, talvez seja pelo fato de ter uns cinquenta alunos na minha classe e bem, eu não sou dessas que reparam demais nas pessoas. Enfim, saí do transe e finamelmete consegui respoder um obrigada seguido de um sorriso sem graça, só então percebi que já não lembrava como voltar para a classe.
Num impulso eu me dirigi ao garoto mais uma vez e pedi sua ajuda, e com a maior graça do mundo, ele respondeu que seria um prazer me acompanhar.
No caminho para a classe eu descobri que seu nome: Matheus. Ele era o garoto mais amável que eu já havia conhecido, tinha uma conversa agradável e, meu Deus, o que era aquele sorriso... encantador.
Chegamos à sala, eu me desloquei para o meu lugar num canto afastado e ele foi para o dele que, por bondade do destino, não ficava muito longe do meu. Logo, não consegui mais prestar atenção na aula, podia admirá-lo a vida inteira. Bolei mil planos pra ter uma desculpa pra conversar com ele de novo e só acordei de meus devaneios quando o sinal tocou indicando o final da aula.
Pensei e chamá-lo para que me acompanhasse em um caminho novo até o portão que eu havia descoberto no dia anterior, mas antes que eu me aproximasse dele, uma loira linda e sexy se enrolou em seu pescoço o enchendo de beijos. Adeus, sonhos!
Juntei meu material e segui pelo caminho novo sozinha. Um nó se fechava em minha garganta.
Incontrolavelmente, lágrimas escorriam de meus olhos. Notei que estava perto do banco onde eu me sentara no intervalo. Parei ali pra enxugar o rosto.  Por que eu pensei que teria chances com ele? Era bom demais pra ser verdade.

CONTINUA...


Maria Eduarda Amorim

Freaking out

Mudanças, mudanças, mudanças... De uma hora para outra minha vida mudou completamente e eu ainda não acredito no que eu estou vivendo.
Dezoito anos, faculdade, sonhos e responsabilidade, muita responsabilidade. É difícil definir o que eu estou sentindo, é um misto de alegria, tristeza, confusão e saudade. Tive que desistir de alguns sonhos para realizar outros.
Já deixei tanta coisa pra trás... Amigos, família, desejos, abandonei tudo pra lutar por uma coisa maior: minha própria vida.
O futuro me assusta e eu tenho medo do amanhã. Muitas vezes acabo me sentindo sozinha e perdida, porque sou incompreendida e uma onda de má sorte me atinge.
Cada dia é uma nova surpresa e muitas delas não são boas, por isso preciso aprender a lidar com o que está me afetando ou não sei por quanto tempo vou sobreviver.
Mesmo assim, ainda guardo comigo alguns sonhos que me fazem querer lutar. Confiar neles é a minha motivação e eu não pretendo deixá-los pra trás.
Acredito que um dia tudo valerá a pena e vida voltará a sorrir pra mim.

Maria Eduarda Amorim

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Prisioneira (temporária)

Há momentos na vida que exigem muito de nós. Ficamos tão exaustos que chegamos a ponto de não ouvir o despertador no dia seguinte e acabar por perder a hora todo o dia. Então, surge aquele maravilhoso feriado em que você planeja dormir do começo ao fim. Mas quando você acorda na hora do almoço, fica com aquela sensação de que não fez nada e perdeu um dia da sua vida, porque ainda continua cansado. Portanto, qual é a solução?  A nossa alma é prisioneira do corpo. Somos impedidos quase sempre de agir da forma desejada devido as necessidades dessa carne mortal e desprezível.


Paula Amorim