Hoje algumas coisas me chamaram atenção. Indo para a escola aborrecida devido ao meu sono e preocupada por não ter feito a redação sobre direitos autorais, fui surpreendida positivamente por uma música: You get what you give – New Radiclas. Por mais incrível que pareça, mudei minha auto estima da água para o vinho, de repente me senti renovada. A música tem esse efeito em mim normalmente. Mas, não é por este motivo que escrevo! O que me chamou atenção foi na hora da saída da escola, enquanto esperava minha mãe me buscar, e no caminho de volta para casa. Sei que já ecrevi uma vez sobre o vento, porém, toda vez que ele me atinge inúmeras coisas vêm a minha cabeça e minha pele capta todo seu contato, sendo impossível ignorar esse sentimento. Quando quase todos já haviam ido embora e eu estava sozinha esperando, começou a ventar muito forte em todas as direções e sentidos. Não pude deixar de notar a sensação que isso me causava. Adoro o jeito que o vento brinca com o meu cabelo, o barulho que sussurra de encontro a minha pele, como eu sorrio sem perceber, como me obriga a fechar os olhos, como me deixa desorientada e como me traz uma sensação de paz e tranquilidade. Naquele momento o que eu mais desejava era ser levada por ele pra onde quer que fosse. Só tinha uma imagem na minha cabeça, o que seria para mim a combinação perfeita: deitar em um campo e não pensar em nada, apenas sentir o sol queimando em minha pele, o vento bagunçando o meu cabelo e ouvir o ruído da relva se movimentando pelo ar inconstante. Então, minha mãe chegou e quando entrei no carro fui envolvida por uma atmosfera completamente diferente, eu e minha mãe fomos conversando e dando risada como (quase) todos os dias. Foi quando estava tocando Crazy do Simple Plan que o efeito do vento sobre mim passou e a realidade disse “Hello”, comecei a pensar no dilema que me atormenta todos os dias: ajudar as pessoas ou fazer o que quero da vida me colocando em primeiro plano? Não seria muito egoísta da minha parte não ajudar um mundo tão necessitado? Foi quando eu vi uma garota andando na rua. Ela estava usando uniforme, tinha o cabelo comprido, mas ele era todo descolado e despontado. Ela andava como se não houvesse um mundo exterior a ela, como se não tivesse preocupações ou um rumo a seguir, às vezes bagunçava a franja com as mãos. Ao mesmo tempo, ela passava uma sensação de segurança e liberdade, como se soubesse que caminho tomar. Fiquei deslumbrada com essa attitude, por um segundo desejei ser ela. É tão difícil não saber o que escolher da sua vida, é tão difícil ter que tomar suas próprias decisões e ser responsável pelo seu destino, ainda mais quando sou uma completa indecisa! Mas, talvez o encanto da vida seja esse: não saber quais serão as futuras consequências das escolhas que tomamos hoje! E querem saber? Tá tudo bem!
Paula Amorim
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