Quem sou eu

Escrever alguma coisa não é simples como parece. Um texto que através de palavras, passe emoções e sentidos, exige sentimentos. Não tem hora ou lugar para se escrever. O segredo da escrita é colocar no papel o que seu coração te diz. Nunca deixe de ouvi-lo, porque quando um coração fala você é capaz de escrever palavras que nunca poderia imaginar. O melhor de escrever é provocar a reação final no leitor. Começar um blog é extremamente monstruoso. Parece um bicho de sete cabeças! Mas, nós duas estamos aqui para desvendar esse desconhecido. Por favor, se alguém quiser ler sobre algo, dê a sugestão. Quem sabe não vira um texto interessante? Deixem comentários nos textos que gostarem e também nos que não gostarem. Não é só de elogios que o homem progride, precisamos de críticas! O blog “Weird and Greasy” nasceu para suas autoras expressarem seus sentimentos e provocarem emoções em seus leitores. Esperamos, sinceramente, que todos gostem e se identifiquem com pelo menos um texto. Aproveitem!

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Eu te amo - versão estendida

A noite estava linda, o céu inteiramente estrelado e o mar trazia o brilho da lua refletido em suas ondas. Marina andava sozinha pela praia, admirando a beleza da noite. Ela tinha um sorriso lindo e belos cachos com os quais o vento gostava de brincar. Enquanto caminhava, cantarolava sua música favorita e eis que de repente ela se depara com lindos olhos verdes brilhando em sua direção. Ricardo a admirava encantado com a sua doçura.
Marina estava assustada, mas resolveu perguntar:
- Quem está ai?
- Não se assuste, por favor, meu nome é Ricardo, não vou te fazer mal. - ele respondeu meio assustado.
- Tudo bem. O que faz sozinho por aqui?
- Nada de mais, vim dar uma volta pela praia pra tentar esquecer de alguns problemas. E você? O que uma bela moça faz sozinha pela praia uma hora dessas? Já passam das 11.
- Estou voltando para casa, moro logo ali em frente. Só vim observar a lua, que está encantadora hoje.- disse ela sorrindo.
- Sim, é uma bela noite. - ele concordou.
Eles ficaram ali conversando por mais uma meia hora, e Ricardo se sentiu totalmente envolvido pelo sorriso e pela simpatia de Marina. Ele não morava na praia, estava apenas passando alguns dias de férias, e pela primeira vez na vida se sentiu verdadeiramente apaixonado por alguém.
Ricardo não combinava com esse tipo de sentimento, sempre fora durão e raramente se apaixonava. Normalmente se envolvia com as garotas porque queria algo mais. Mas com Marina era diferente, era um sentimento totalmente novo para ele.
Conversaram por mais algum tempo e depois se despediram, com a promessa de se reencontrarem no dia seguinte.
Marina chegou em casa, deitou em sua cama e simplesmente não conseguia dormir, estava pensando em Ricardo. Por um motivo que ela não sabia explicar, ela estava inteiramente envolvida por aquele homem, sabia que existia algo de especial entre os dois.
Ao contrário de Ricardo, Marina era sonhadora e seu maior sonho era viver um grande amor e quando o conheceu sentiu que essa poderia ser a chance de realizar seu sonho.
Um novo dia amanheceu, Marina se arrumou e correu para praia. As dez horas encontrou com Ricardo em frente ao cais, como combinado na noite anterior.
O dia estava quente e o sol bronzeava a pele morena de Marina e fazia Ricardo parecer um camarão.Os dois estavam visivelmente apaixonados, ela simplesmente não parava de sorrir e ele se comportava feito um bobo, mas ninguém tinha coragem de assumir o que sentia.
Eles caminharam e conversaram durante toda a manhã, até que decidiram se banhar no mar para se refrescarem do calor. O azul do céu e o verde das ondas deixavam Marina ainda mais bonita e Ricardo não resistiu e roubou um beijo. Foi o beijo mais doce e especial que ele provara, era como se seus lábios se encaixassem em perfeita harmonia. Marina se sentia em um sonho, ela terminou um beijo com um belo sorriso. Ricardo sorriu também e sussurrou ao seu ouvido: Eu te amo.
Nesse momento, Marina se sentiu confusa, pois achava que amar era um verbo muito forte para ser pronunciado a alguém que se conhece a menos de dois dias. Ela simplesmente se calou e sorriu mais uma vez.
As semanas passaram e ambos estavam cada vez mais apaixonados. Contudo, Ricardo escondia um segredo, ele era usuário de drogas e estava sendo procurado por um grupo de traficantes por lhes dever uma grana preta, por isso havia fugido para aquela praia, longe de tudo e de todos, ele só não esperava encontrar o amor de sua vida ali e depois de tanto tempo ele já nem se lembrava dessa história.
Certa noite enquanto caminhavam pela praia Ricardo resolveu pedir Marina em namoro. Ele escolheu o melhor lugar, onde o brilho da lua fazia a areia parecer neve. Ele olhou em seus olhos e cantou pra ela a música que ela cantarolava na noite em que eles se conheceram.
O olhos de Marina se encheram de lágrimas e ela achou que aquele era o momento ideal para dizer a Ricardo o quanto ela o amava. Foi então que de repente..bam... se ouviu um barulho de tiro e a bala veio em direção a Ricardo. Sem pensar duas vezes Marina se jogou na frente do amado e acabou recebendo o tiro.
Aos poucos ela foi perdendo sangue, os sentidos e desmaiou. Ricardo chorava e gritava desesperadamente, ele estava perdendo o amor de sua vida.
Os bandidos atiraram mais uma vez, mas a bala passou longe. Logo a polícia chegou e eles fugiram.
Enquanto isso a vida de Marina estava indo embora nos braços de Ricardo, até que com muito custo ela sussurrou:
- Amor, você está aí?... Eu queria te dizer uma coisa muito importante...
- Meu amor, poupe seus esforços, deixe pra me contar tudo quando você melhorar.
- Não Ricardo, eu preciso te dizer uma coisa que eu deveria ter dito há muito tempo... EU TE AMO!
Ricardo se perdeu em lágrimas, ele sabia que ele era o culpado daquilo tudo, era ele quem deveria ter recebido o tiro. Tudo que ele conseguiu dizer foi:  'Eu também te amo, meu amor. Me desculpa por tudo isso...' E continuou se desculpando até que a alma dela flutuasse para um campo onde ela não podia mais o ouvir.
- Marina, você está aí? Me responda por favor. -Ricardo repetia incansavelmente. Mas Marina não podia mais respondê-lo. Ela observava toda a cena de um plano superior, mas não havia nada que ela pudesse fazer para amenizar a dor de seu amado.
A ambulância chegou e levou os dois para o hospital. Marina estava em estado muita grave e teria que passar por uma cirurgia, Ricardo foi internado em estado de choque e precisou de um acompanhamento psicológico.
Marina tentou várias vezes retornar ao seu corpo, mas era impossível. Ela estava morta.
Ricardo ficou internado e só soube da notícia alguns meses depois. Sua primeira reação foi correr ao cemitério para se despedir do amor da sua vida. Foi impossível conter as lágrimas, o sentimento de culpa o  tomou. Ele desejava poder vê-la novamente, tocá-la novamente e se encantar com o seu sorriso. Mas o que lhe restava eram as lembranças.
As semanas passaram e ele voltou para sua casa, na grande São Paulo. Por várias ele noites ficou sem dormir, tentou até o suicídio, sua vida se tornara um inferno. 
...
Meses depois ele voltou para as drogas,  vendeu o carro e pagou sua dívida com os traficantes. Esse era a  única coisa  que lhe proporcionava prazer, um prazer fútil e fulgaz, mas ainda assim prazer . Sua vida não tinha mais valor. 
Ele passava dias inteiros fumando ou cheirando,  começou a vender objetos pessoais para sanar a dívida, ele estava disposto a fazer qualquer coisa para esquecer da dor.  Mas dessa forma ele só conseguiu ficar cada vez pior. 
Certo dia, remexendo seus pertences em busca de alguma coisa de valor, ele encontrou uma foto de Marina, ela estava sorrindo. As lágrimas  começaram a escorrer incessantemente. Num flash ele se lembrou de todos os momentos com ela, olhou para o seu estado e chegou a conclusão de que ela odiaria o ver assim. Nem mesmo ele estava suportando essa situação, por isso decidiu que algo deveria ser feito para melhorar aquilo.
Ele correu os olhos pela velha sala e sentou-se diante da escrivaninha empoeirada. Em cima dela havia uma agenda, a qual ele começou a folhear e então achou o que procurava: um cartão com o telefone e o endereço do hotel que ele se hospedara na praia. Ele resolveu ir para lá e tentar esquecer dos problemas de novo ou pelo menos tentar colocar sua vida em ordem novamente.
Foi de ônibus, pois estava sem carro, então aproveitou para observar a paisagem. O caminho era bonito e fresco, havia muitas árvores com flores coloridas e algumas palmeiras. Depois de umas 3 horas já era possível avistar o mar e Ricardo decidiu que aquela era mesmo a melhor opção.
Chegou na praia ao anoitecer, e a noite lhe preparara uma surpresa: a lua cheia caía bela e prateada e inúmeras estrelas lhe faziam companhia. Ricardo imaginou se Marina era uma delas e desejou que ela estivesse ali para presenciar aquele encanto. Observou a lua pela última vez e resolveu entrar para o seu quarto o cansaço o havia tomado.
Dormiu bem e acordou com a luz do sol penetrando a cortina esgarçada. Como não havia planejado nada decidiu se trocar e dar uma volta pela praia.
Fazia calor e o sol fritava sua pele, as ondas do mar lhe soavam como uma canção e então ele avistou aqueles olhos. Por um momento Ricardo acreditou que por algum tipo de milagre Marina estava ali, mas depois recuperou a consciência e notou que aquela era uma outra mulher, muito mais pálida e magra do que seu grande amor.
A mulher percebendo o transtorno que ele passara, se arriscou e disse:
- Com licença, o senhor está bem?
- Oh sim, estou. -respondeu ele meio confuso.
- Beba um pouco de água, acho que o calor abaixou sua pressão.
- Essa é uma boa ideia. - disse ele sorrindo e aceitando um gole da garrafa que ela oferecera.
Eles se sentaram em um banco e engataram uma conversa. O nome dela era Alice e ela estava magra e pálida porque estivera doente uns meses antes e só agora estava se recuperando. Ela quis saber porque ele possuía um olhar triste, mas Ricardo resolveu poupá-la da história com Marina, achou melhor falar do seu caso com as drogas, ela era psicóloga e talvez pudesse ajudá-lo.
Alice ouviu sua história, mas não sabia o que fazer. Ela não tinha experiência com esse tipo de caso e sugeriu que seria melhor se ele procurasse ajuda em uma clínica especializada quando retornasse a São Paulo. Mesmo assim lhe entregou um cartão do seu consultório, ela queria ajudá-lo e então teriam sessões de terapia enquanto ele estivesse por lá.
Eles se despediram com um abraço e marcaram a primeira sessão para o dia seguinte.
Ricardo estava realmente intrigado com aqueles olhos, talvez não diretamente com eles, mas com algum tipo de mensagem que eles transmitiam, algo que o fazia pensar muito em Marina.
Ele voltou para casa e mais tarde a chuva caiu. Era uma dessas chuvas de verão que despencam sem razão e que lhe obrigara e passar a noite em seu quarto novamente.
As paredes brancas davam um ar de solidão e Ricardo começou a chorar, sem nenhum motivo aparente. As lágrimas simplesmente caíam e minutos depois ele adormeceu banhado com uma certa melancolia.
Na manhã seguinte o sol se escondera atrás de algumas nuvens azul escuras, Ricardo se levantou um pouco tonto e com a cabeça pesada por ter chorado na noite anterior. Tomou um banho no banheiro apertado, vestiu uma roupa fresca e se dirigiu ao consultório de Alice.
Chegando lá nada o surpreendeu, ele notou um grande prédio branco com o nome dela pintado em letras garrafais e uma grande árvore na frente que lhe fornecia uma sombra confortável.
Ricardo entrou e foi atendido por uma secretária simpática, logo depois se dirigiu para uma pequena sala onde Alice o aguardava diante de uma mesa cheia de papéis e fotos de seus familiares; seu sorriso lhe causava um certo déjà vu.
Ele sentou-se em uma das cadeira de couro e os dois começaram um diálogo. Ricardo novamente falou sobre seu problema com as drogas e por fim mencionou a última vez que estivera naquela praia, contou o que havia ocorrido com Marina. Nesse momento ele teve que conter seus sentimentos para que nenhuma lágrima escapasse de seus olhos. 
Alice ouviu atentamente e tentou lhe dar alguns conselhos, desses que as mães sempre dão aos filhos; ela era realmente leiga nesse assunto, mas decidiu que essa conversa seria melhor  num espaço mais casual. Então ela recolheu o era necessário e o convidou para um almoço em um restaurante beira a mar.
O clima estava fresco e o restaurante era muito agradável. Logo a conversa foi retomada e mais uma vez Ricardo e lembrou do dia do acidente de Marina. Ao ouvir esse nome, Alice deu um salto, um filme passou pela sua cabeça e então ela decidiu que avia um pedaço de sua vida que ele deveria conhecer.
-Sabe, Ricardo - ela começou meio sem jeito - há uns dois meses atrás eu tive um problema sério de coração. Foi uma insuficiência cardíaca congestiva, na verdade. É o que acontece quando o coração não consegue bombear sangue suficiente para atender às necessidades do organismo. Os médicos disseram que eu precisaria de um transplante, mas infelizmente achar um doador era uma tarefa meio impossível. Eu passei dias rezando, e como num milagre os médicos conseguiram um doador. Uma menina havia sido baleada num conflito com uns bandidos e a família decidiu doar seus órgãos. -fez-se ai uma pausa, mas logo continuou - Agora quando você disse esse nome, eu percebi que a menina era a Marina, Ricardo, a sua Marina!
Alice chorava desesperadamente e Ricardo a abraçou tentando consolá-la, ele estava realmente confuso. 
Depois de uns minutos as lágrimas cessaram, e ela continuou:
- Eu sei que esse foi um dia muito triste pra você, mas reflita, para mim esse foi o melhor dia de todos, eu ganhei uma vida nova. Eu gostaria que você entendesse que talvez não valha a pena se culpar tanto pela morte dela, talvez esse fosse só mais um truque do destino. Ela merecia uma vida melhor em outro plano e Deus resolveu dar a vida dela para mim. Eu agradeço a essa moça e à família dela todo santo dia por ter me dado mais uma chance de viver, eu tenho certeza que agora ela descansa em paz.
Ricardo sorriu, um pouco tonto pela quantidade de informações que acabara de receber, mas concordou com o que Alice havia dito.
Um grande peso saiu de suas costas e agora ele se sentia livre novamente. Finalmente descobriu porque aquele sorriso torto de Alice lhe era familiar: Marina estava ali, pronta para lhe ajudar.
Então, num momento Ricardo estava organizando as informações em sua mente, e no outro ele se viu beijando Alice. Foi um beijo doce e sereno, como os de Marina. Aquele coração ainda portava um sentimento que lhe pertencia. Alice se sentiu confusa e feliz, então sorriu e disse num impulso: 'Eu te amo'. Ricardo estremeceu e sentiu Marina mais uma vez.
...
Semanas depois os dois regressaram à São Paulo. Alice estava certa de que Ricardo era o homem de sua vida. 
Ele começou seu tratamento numa clínica de reabilitação e em um ano ou mais ele já teria se livrado do vício.
Ele também carregava no peito um amor muito grande por Alice, pois sabia que Marina se fazia viva nela e assim ela estaria ao seu lado para sempre, foi isso que lhe deu forças para lutar e continuar vivendo.


Maria Eduarda Amorim

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

o mundo do EL

Era uma vez um menino chamado Daniel
Que adorava brincar na torre de babel
Todo dia vestia seu chapéu e colocava o seu anel
Fazendo de conta que era um coronel
Cuidando de seu quartel

Um dia comendo seu pastel
Percebeu uma gota de mel
E foi logo reclamando pro Fidel
O Fidel, muito infiel, riscou o seu painel
E o enviou para o carrossel

Logo, Daniel encontrou a senhora Barbie Rapunzel
Que tomava um chá com o querido papai Noel
Pediu emprestado o seu mágico pincel
Para tentar consertar sua pintura no painel
Depois de seu fracasso cruel
Ainda pagou o aluguel do pincel para a Rapunzel

Papai Noel, sendo amável
Deu para Daniel um presente enrolado em seu carretel
Não era possível ser feito de papel
Mas logo descobriu um amigo no cinzel
Peralta, o pernilongo falecido,surgia em um fogaréu
Feliz o jovem Daniel!

Mas quando abria os olhos Daniel ainda estava em seu hotel
E percebendo que tudo era apenas imaginação ficava com fel
Porém, aquele mundo era indelével e cheio de tropel
Deixando Daniel muito mais cascavel.

Paula Amorim
Participação especial: Júlia Amorim


segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Sorria e faça sorrir!

Um dia desses indo para a escola, eu estava escutando um CD e tocou uma música que tinha a seguinte frase: “A felicidade não se empresta, não se pechincha e nem se compra”. Então, eu comecei a pensar a respeito dessa frase, já que eu havia ficado para fora da primeira aula devido ao meu atraso. Cheguei à conclusão de que só concordo com 1/3 da afirmação. A felicidade não se compra. Sei que fisicamente qualquer um seria feliz sendo um milionário, mas os sentimentos não podem ser comprados. Pelo menos eu nunca fui a uma loja que eu pedisse para o vendedor – “Você passa R$50,00 de amor e R$20,00 de paz no cartão, por favor?”, e ele ainda respondesse ­­– “Não vai um pouco de alegria hoje?”. Hum... NÃO! Acho que os sentimentos são as únicas coisas que não foram transformadas em mercadoria capitalista. Ou se isso fosse possível comprar, então os sete pecados faliriam e a tristeza também. A meu ver os sentimentos devem ser encontrados, seja nas pessoas ou nas nossas realizações. Muitas vezes não notamos como pequenos gestos podem mudar o nosso dia e o do resto da humanidade. Tomemos por exemplo: de segunda a sexta você vai para a escola. Quando você chega nem olha na cara do porteiro e quando vê o monitor dá aquele pseudo sorriso de três segundos. Entrando na sala de aula, cumprimenta os seus amigos rapidamente e já senta no seu lugar. Agora vejamos como um bom samaritano agiria nessa situação: de segunda a sexta você vai para a escola. Quando você chega, olha para o porteiro e diz um bom dia e quando vê o monitor desenvolve um pequeno diálogo, claro que sempre sorrindo. Entrando na sala de aula deixa todo o seu material no seu lugar e vai cumprimentar os amigos, já estendendo uma conversa. Com certeza, todos que lerem esse texto irão preferir o segundo exemplo, porque se sentiriam melhores já que fizeram o sorriso do porteiro, do monitor e dos seus amigos. Bom, já que escrevo sobre fazer os outros sorrirem e se sentirem melhores, eu preciso fazer o Sr. Leitor ou a Sra. Leitora sorrir. Por favor, vamos sorrir juntos. Dê um sorriso agora! Ha ha ha :D isso mesmo! Eu sorri, vocês sorriram? Eu aposto que sim.

Paula Amorim

domingo, 12 de dezembro de 2010

Capítulo 2




  Choro quieta, abafada pelo travesseiro, olhando as gostas cristalinas de água escorrerem pelo vidro da janela do meu quarto. A atmosfera começa a ficar cada vez mais fria. Fria como a dor, a solidão. E nessa hora que eu desejaria poder acender a chama da esperança dentro do meu coração. Mas para que gastar calor, onde nao há oxigênio? Agora, só me resta a cera derretida.

Paula Amorim

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Cansei de você

Sinto nojo de mim por gostar tanto assim de você e por pensar em você o tempo todo. O pior é que eu nem sei por que eu me sinto assim, eu só sei que dói, dói muito. Dói quando você fala dela e não de mim, dói ver a foto de vocês dois juntos, mas dói mais mesmo saber que você ama ela como nunca me amou e que ela, sim, é a dona do seu coração e não eu.
Eu não sinto raiva dela, não mesmo; talvez sinta um pouco de inveja, mas raiva, nunca. Eu nunca faria mal a ela, pois sei que isso te afetaria e porque ela não tem culpa desse sentimento horrível que está crescendo dentro de mim. Ela também te ama, não tanto quanto eu que estou abrindo mão da minha felicidade pra te ver feliz, mas ama e vocês serão felizes, eu espero isso de todo o meu coração.
Eu me sinto obcecada por você, e isso não é legal. Parece que eu não fui boa o suficiente pra te conquistar, e que eu nunca serei boa o suficiente pra ninguém.
Eu já quis morrer, sumir. Não pra acabar com a minha vida, mas pra acabar com essa dor. Felizmente me livrei desses pensamentos insanos, mas me fechei pra todos os outros sentimentos e pra todas as novas chances de amar por pensar em você, e é triste saber que você nunca pensou em como eu me sentia.
Eu faria tudo pra poder te chamar de MEU, tudo mesmo, mas você e seu amor já não me pertencem, eu sei quem você realmente ama, eu sei que não sou eu. Você pode até ter um sentimento de carinho por mim, mas não é nada comparado ao que eu sinto por você.
Na verdade eu queria nunca mais te ver, nem ter notícias de você. Queria me esquecer que um dia você foi alguém na minha vida, porque quem sabe assim eu possa abrir meu coração pra um novo amor.
O que eu mais quero é amar e ser correspondida, parar de sofrer pela pessoa errada. Isso é pedir muito?

Maria Eduarda Amorim

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Já se sentiu sozinho?

Posso estar rodeada de pessoas, parece que nenhuma se encaixa em mim. É como se a solidão estivesse dentro de mim. Ao final, eu me encontro vazia e fria, pois assim é a solidão.
Busco em cada olhar algum que corresponda ao meu, e quando encontro descubro que era um olhar maquiado, falso, que só me fez sofrer. 
Espero um dia encontrar uns olhos de ressaca que me puxem e me prendam, de forma que eu não possa escapar. E claro, que sejam verdadeiros, pois é isso que realmente importa.


Maria Eduarda Amorim feat. Paula Amorim