Quem sou eu

Escrever alguma coisa não é simples como parece. Um texto que através de palavras, passe emoções e sentidos, exige sentimentos. Não tem hora ou lugar para se escrever. O segredo da escrita é colocar no papel o que seu coração te diz. Nunca deixe de ouvi-lo, porque quando um coração fala você é capaz de escrever palavras que nunca poderia imaginar. O melhor de escrever é provocar a reação final no leitor. Começar um blog é extremamente monstruoso. Parece um bicho de sete cabeças! Mas, nós duas estamos aqui para desvendar esse desconhecido. Por favor, se alguém quiser ler sobre algo, dê a sugestão. Quem sabe não vira um texto interessante? Deixem comentários nos textos que gostarem e também nos que não gostarem. Não é só de elogios que o homem progride, precisamos de críticas! O blog “Weird and Greasy” nasceu para suas autoras expressarem seus sentimentos e provocarem emoções em seus leitores. Esperamos, sinceramente, que todos gostem e se identifiquem com pelo menos um texto. Aproveitem!

quinta-feira, 24 de maio de 2012

(sem título)

  E no céu amanheceu dunas de um deserto. Montanhas de areia branca e fria, reflexo da noite. Do meio desse emanharado de grãos, os raios de sol irradiam - quentes, vermelhos, imponentes. De repente, uma forte emoção tomou conta do meu ser! Eu finalmente estava na África. E esse relance foi lindo, puro e sensacional.
  Em questão de minutos aquela África espelhada se dissipou. As dunas perderam altitude e permitiram a vista de um fundo azul. Aqueles raios vermelhos hipnóticos se transformaram em humildes traços amarelos. Não havia nada mais explicito ali! Então, eu vi o céu. 
  Ao observá-lo pela terceira vez, escutei o vazio de sua explosão. As nuvens finas e inconstantes que cortavam o céu de leste a oste, contornadas pelo traço amarelo, se assemelhavam à origem do universo.
  Não satisfeita, olhei para cima mais uma vez. Agora não existem mais os raios do sol. Uma imensidão azul opaca de nuvens rosas. A neblina borra o contorno da cidade. Então, eu fecho meus olhos e tudo reage no preto. 


  Paula Amorim