Quem sou eu

Escrever alguma coisa não é simples como parece. Um texto que através de palavras, passe emoções e sentidos, exige sentimentos. Não tem hora ou lugar para se escrever. O segredo da escrita é colocar no papel o que seu coração te diz. Nunca deixe de ouvi-lo, porque quando um coração fala você é capaz de escrever palavras que nunca poderia imaginar. O melhor de escrever é provocar a reação final no leitor. Começar um blog é extremamente monstruoso. Parece um bicho de sete cabeças! Mas, nós duas estamos aqui para desvendar esse desconhecido. Por favor, se alguém quiser ler sobre algo, dê a sugestão. Quem sabe não vira um texto interessante? Deixem comentários nos textos que gostarem e também nos que não gostarem. Não é só de elogios que o homem progride, precisamos de críticas! O blog “Weird and Greasy” nasceu para suas autoras expressarem seus sentimentos e provocarem emoções em seus leitores. Esperamos, sinceramente, que todos gostem e se identifiquem com pelo menos um texto. Aproveitem!

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Eu te amo - versão estendida

A noite estava linda, o céu inteiramente estrelado e o mar trazia o brilho da lua refletido em suas ondas. Marina andava sozinha pela praia, admirando a beleza da noite. Ela tinha um sorriso lindo e belos cachos com os quais o vento gostava de brincar. Enquanto caminhava, cantarolava sua música favorita e eis que de repente ela se depara com lindos olhos verdes brilhando em sua direção. Ricardo a admirava encantado com a sua doçura.
Marina estava assustada, mas resolveu perguntar:
- Quem está ai?
- Não se assuste, por favor, meu nome é Ricardo, não vou te fazer mal. - ele respondeu meio assustado.
- Tudo bem. O que faz sozinho por aqui?
- Nada de mais, vim dar uma volta pela praia pra tentar esquecer de alguns problemas. E você? O que uma bela moça faz sozinha pela praia uma hora dessas? Já passam das 11.
- Estou voltando para casa, moro logo ali em frente. Só vim observar a lua, que está encantadora hoje.- disse ela sorrindo.
- Sim, é uma bela noite. - ele concordou.
Eles ficaram ali conversando por mais uma meia hora, e Ricardo se sentiu totalmente envolvido pelo sorriso e pela simpatia de Marina. Ele não morava na praia, estava apenas passando alguns dias de férias, e pela primeira vez na vida se sentiu verdadeiramente apaixonado por alguém.
Ricardo não combinava com esse tipo de sentimento, sempre fora durão e raramente se apaixonava. Normalmente se envolvia com as garotas porque queria algo mais. Mas com Marina era diferente, era um sentimento totalmente novo para ele.
Conversaram por mais algum tempo e depois se despediram, com a promessa de se reencontrarem no dia seguinte.
Marina chegou em casa, deitou em sua cama e simplesmente não conseguia dormir, estava pensando em Ricardo. Por um motivo que ela não sabia explicar, ela estava inteiramente envolvida por aquele homem, sabia que existia algo de especial entre os dois.
Ao contrário de Ricardo, Marina era sonhadora e seu maior sonho era viver um grande amor e quando o conheceu sentiu que essa poderia ser a chance de realizar seu sonho.
Um novo dia amanheceu, Marina se arrumou e correu para praia. As dez horas encontrou com Ricardo em frente ao cais, como combinado na noite anterior.
O dia estava quente e o sol bronzeava a pele morena de Marina e fazia Ricardo parecer um camarão.Os dois estavam visivelmente apaixonados, ela simplesmente não parava de sorrir e ele se comportava feito um bobo, mas ninguém tinha coragem de assumir o que sentia.
Eles caminharam e conversaram durante toda a manhã, até que decidiram se banhar no mar para se refrescarem do calor. O azul do céu e o verde das ondas deixavam Marina ainda mais bonita e Ricardo não resistiu e roubou um beijo. Foi o beijo mais doce e especial que ele provara, era como se seus lábios se encaixassem em perfeita harmonia. Marina se sentia em um sonho, ela terminou um beijo com um belo sorriso. Ricardo sorriu também e sussurrou ao seu ouvido: Eu te amo.
Nesse momento, Marina se sentiu confusa, pois achava que amar era um verbo muito forte para ser pronunciado a alguém que se conhece a menos de dois dias. Ela simplesmente se calou e sorriu mais uma vez.
As semanas passaram e ambos estavam cada vez mais apaixonados. Contudo, Ricardo escondia um segredo, ele era usuário de drogas e estava sendo procurado por um grupo de traficantes por lhes dever uma grana preta, por isso havia fugido para aquela praia, longe de tudo e de todos, ele só não esperava encontrar o amor de sua vida ali e depois de tanto tempo ele já nem se lembrava dessa história.
Certa noite enquanto caminhavam pela praia Ricardo resolveu pedir Marina em namoro. Ele escolheu o melhor lugar, onde o brilho da lua fazia a areia parecer neve. Ele olhou em seus olhos e cantou pra ela a música que ela cantarolava na noite em que eles se conheceram.
O olhos de Marina se encheram de lágrimas e ela achou que aquele era o momento ideal para dizer a Ricardo o quanto ela o amava. Foi então que de repente..bam... se ouviu um barulho de tiro e a bala veio em direção a Ricardo. Sem pensar duas vezes Marina se jogou na frente do amado e acabou recebendo o tiro.
Aos poucos ela foi perdendo sangue, os sentidos e desmaiou. Ricardo chorava e gritava desesperadamente, ele estava perdendo o amor de sua vida.
Os bandidos atiraram mais uma vez, mas a bala passou longe. Logo a polícia chegou e eles fugiram.
Enquanto isso a vida de Marina estava indo embora nos braços de Ricardo, até que com muito custo ela sussurrou:
- Amor, você está aí?... Eu queria te dizer uma coisa muito importante...
- Meu amor, poupe seus esforços, deixe pra me contar tudo quando você melhorar.
- Não Ricardo, eu preciso te dizer uma coisa que eu deveria ter dito há muito tempo... EU TE AMO!
Ricardo se perdeu em lágrimas, ele sabia que ele era o culpado daquilo tudo, era ele quem deveria ter recebido o tiro. Tudo que ele conseguiu dizer foi:  'Eu também te amo, meu amor. Me desculpa por tudo isso...' E continuou se desculpando até que a alma dela flutuasse para um campo onde ela não podia mais o ouvir.
- Marina, você está aí? Me responda por favor. -Ricardo repetia incansavelmente. Mas Marina não podia mais respondê-lo. Ela observava toda a cena de um plano superior, mas não havia nada que ela pudesse fazer para amenizar a dor de seu amado.
A ambulância chegou e levou os dois para o hospital. Marina estava em estado muita grave e teria que passar por uma cirurgia, Ricardo foi internado em estado de choque e precisou de um acompanhamento psicológico.
Marina tentou várias vezes retornar ao seu corpo, mas era impossível. Ela estava morta.
Ricardo ficou internado e só soube da notícia alguns meses depois. Sua primeira reação foi correr ao cemitério para se despedir do amor da sua vida. Foi impossível conter as lágrimas, o sentimento de culpa o  tomou. Ele desejava poder vê-la novamente, tocá-la novamente e se encantar com o seu sorriso. Mas o que lhe restava eram as lembranças.
As semanas passaram e ele voltou para sua casa, na grande São Paulo. Por várias ele noites ficou sem dormir, tentou até o suicídio, sua vida se tornara um inferno. 
...
Meses depois ele voltou para as drogas,  vendeu o carro e pagou sua dívida com os traficantes. Esse era a  única coisa  que lhe proporcionava prazer, um prazer fútil e fulgaz, mas ainda assim prazer . Sua vida não tinha mais valor. 
Ele passava dias inteiros fumando ou cheirando,  começou a vender objetos pessoais para sanar a dívida, ele estava disposto a fazer qualquer coisa para esquecer da dor.  Mas dessa forma ele só conseguiu ficar cada vez pior. 
Certo dia, remexendo seus pertences em busca de alguma coisa de valor, ele encontrou uma foto de Marina, ela estava sorrindo. As lágrimas  começaram a escorrer incessantemente. Num flash ele se lembrou de todos os momentos com ela, olhou para o seu estado e chegou a conclusão de que ela odiaria o ver assim. Nem mesmo ele estava suportando essa situação, por isso decidiu que algo deveria ser feito para melhorar aquilo.
Ele correu os olhos pela velha sala e sentou-se diante da escrivaninha empoeirada. Em cima dela havia uma agenda, a qual ele começou a folhear e então achou o que procurava: um cartão com o telefone e o endereço do hotel que ele se hospedara na praia. Ele resolveu ir para lá e tentar esquecer dos problemas de novo ou pelo menos tentar colocar sua vida em ordem novamente.
Foi de ônibus, pois estava sem carro, então aproveitou para observar a paisagem. O caminho era bonito e fresco, havia muitas árvores com flores coloridas e algumas palmeiras. Depois de umas 3 horas já era possível avistar o mar e Ricardo decidiu que aquela era mesmo a melhor opção.
Chegou na praia ao anoitecer, e a noite lhe preparara uma surpresa: a lua cheia caía bela e prateada e inúmeras estrelas lhe faziam companhia. Ricardo imaginou se Marina era uma delas e desejou que ela estivesse ali para presenciar aquele encanto. Observou a lua pela última vez e resolveu entrar para o seu quarto o cansaço o havia tomado.
Dormiu bem e acordou com a luz do sol penetrando a cortina esgarçada. Como não havia planejado nada decidiu se trocar e dar uma volta pela praia.
Fazia calor e o sol fritava sua pele, as ondas do mar lhe soavam como uma canção e então ele avistou aqueles olhos. Por um momento Ricardo acreditou que por algum tipo de milagre Marina estava ali, mas depois recuperou a consciência e notou que aquela era uma outra mulher, muito mais pálida e magra do que seu grande amor.
A mulher percebendo o transtorno que ele passara, se arriscou e disse:
- Com licença, o senhor está bem?
- Oh sim, estou. -respondeu ele meio confuso.
- Beba um pouco de água, acho que o calor abaixou sua pressão.
- Essa é uma boa ideia. - disse ele sorrindo e aceitando um gole da garrafa que ela oferecera.
Eles se sentaram em um banco e engataram uma conversa. O nome dela era Alice e ela estava magra e pálida porque estivera doente uns meses antes e só agora estava se recuperando. Ela quis saber porque ele possuía um olhar triste, mas Ricardo resolveu poupá-la da história com Marina, achou melhor falar do seu caso com as drogas, ela era psicóloga e talvez pudesse ajudá-lo.
Alice ouviu sua história, mas não sabia o que fazer. Ela não tinha experiência com esse tipo de caso e sugeriu que seria melhor se ele procurasse ajuda em uma clínica especializada quando retornasse a São Paulo. Mesmo assim lhe entregou um cartão do seu consultório, ela queria ajudá-lo e então teriam sessões de terapia enquanto ele estivesse por lá.
Eles se despediram com um abraço e marcaram a primeira sessão para o dia seguinte.
Ricardo estava realmente intrigado com aqueles olhos, talvez não diretamente com eles, mas com algum tipo de mensagem que eles transmitiam, algo que o fazia pensar muito em Marina.
Ele voltou para casa e mais tarde a chuva caiu. Era uma dessas chuvas de verão que despencam sem razão e que lhe obrigara e passar a noite em seu quarto novamente.
As paredes brancas davam um ar de solidão e Ricardo começou a chorar, sem nenhum motivo aparente. As lágrimas simplesmente caíam e minutos depois ele adormeceu banhado com uma certa melancolia.
Na manhã seguinte o sol se escondera atrás de algumas nuvens azul escuras, Ricardo se levantou um pouco tonto e com a cabeça pesada por ter chorado na noite anterior. Tomou um banho no banheiro apertado, vestiu uma roupa fresca e se dirigiu ao consultório de Alice.
Chegando lá nada o surpreendeu, ele notou um grande prédio branco com o nome dela pintado em letras garrafais e uma grande árvore na frente que lhe fornecia uma sombra confortável.
Ricardo entrou e foi atendido por uma secretária simpática, logo depois se dirigiu para uma pequena sala onde Alice o aguardava diante de uma mesa cheia de papéis e fotos de seus familiares; seu sorriso lhe causava um certo déjà vu.
Ele sentou-se em uma das cadeira de couro e os dois começaram um diálogo. Ricardo novamente falou sobre seu problema com as drogas e por fim mencionou a última vez que estivera naquela praia, contou o que havia ocorrido com Marina. Nesse momento ele teve que conter seus sentimentos para que nenhuma lágrima escapasse de seus olhos. 
Alice ouviu atentamente e tentou lhe dar alguns conselhos, desses que as mães sempre dão aos filhos; ela era realmente leiga nesse assunto, mas decidiu que essa conversa seria melhor  num espaço mais casual. Então ela recolheu o era necessário e o convidou para um almoço em um restaurante beira a mar.
O clima estava fresco e o restaurante era muito agradável. Logo a conversa foi retomada e mais uma vez Ricardo e lembrou do dia do acidente de Marina. Ao ouvir esse nome, Alice deu um salto, um filme passou pela sua cabeça e então ela decidiu que avia um pedaço de sua vida que ele deveria conhecer.
-Sabe, Ricardo - ela começou meio sem jeito - há uns dois meses atrás eu tive um problema sério de coração. Foi uma insuficiência cardíaca congestiva, na verdade. É o que acontece quando o coração não consegue bombear sangue suficiente para atender às necessidades do organismo. Os médicos disseram que eu precisaria de um transplante, mas infelizmente achar um doador era uma tarefa meio impossível. Eu passei dias rezando, e como num milagre os médicos conseguiram um doador. Uma menina havia sido baleada num conflito com uns bandidos e a família decidiu doar seus órgãos. -fez-se ai uma pausa, mas logo continuou - Agora quando você disse esse nome, eu percebi que a menina era a Marina, Ricardo, a sua Marina!
Alice chorava desesperadamente e Ricardo a abraçou tentando consolá-la, ele estava realmente confuso. 
Depois de uns minutos as lágrimas cessaram, e ela continuou:
- Eu sei que esse foi um dia muito triste pra você, mas reflita, para mim esse foi o melhor dia de todos, eu ganhei uma vida nova. Eu gostaria que você entendesse que talvez não valha a pena se culpar tanto pela morte dela, talvez esse fosse só mais um truque do destino. Ela merecia uma vida melhor em outro plano e Deus resolveu dar a vida dela para mim. Eu agradeço a essa moça e à família dela todo santo dia por ter me dado mais uma chance de viver, eu tenho certeza que agora ela descansa em paz.
Ricardo sorriu, um pouco tonto pela quantidade de informações que acabara de receber, mas concordou com o que Alice havia dito.
Um grande peso saiu de suas costas e agora ele se sentia livre novamente. Finalmente descobriu porque aquele sorriso torto de Alice lhe era familiar: Marina estava ali, pronta para lhe ajudar.
Então, num momento Ricardo estava organizando as informações em sua mente, e no outro ele se viu beijando Alice. Foi um beijo doce e sereno, como os de Marina. Aquele coração ainda portava um sentimento que lhe pertencia. Alice se sentiu confusa e feliz, então sorriu e disse num impulso: 'Eu te amo'. Ricardo estremeceu e sentiu Marina mais uma vez.
...
Semanas depois os dois regressaram à São Paulo. Alice estava certa de que Ricardo era o homem de sua vida. 
Ele começou seu tratamento numa clínica de reabilitação e em um ano ou mais ele já teria se livrado do vício.
Ele também carregava no peito um amor muito grande por Alice, pois sabia que Marina se fazia viva nela e assim ela estaria ao seu lado para sempre, foi isso que lhe deu forças para lutar e continuar vivendo.


Maria Eduarda Amorim

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

o mundo do EL

Era uma vez um menino chamado Daniel
Que adorava brincar na torre de babel
Todo dia vestia seu chapéu e colocava o seu anel
Fazendo de conta que era um coronel
Cuidando de seu quartel

Um dia comendo seu pastel
Percebeu uma gota de mel
E foi logo reclamando pro Fidel
O Fidel, muito infiel, riscou o seu painel
E o enviou para o carrossel

Logo, Daniel encontrou a senhora Barbie Rapunzel
Que tomava um chá com o querido papai Noel
Pediu emprestado o seu mágico pincel
Para tentar consertar sua pintura no painel
Depois de seu fracasso cruel
Ainda pagou o aluguel do pincel para a Rapunzel

Papai Noel, sendo amável
Deu para Daniel um presente enrolado em seu carretel
Não era possível ser feito de papel
Mas logo descobriu um amigo no cinzel
Peralta, o pernilongo falecido,surgia em um fogaréu
Feliz o jovem Daniel!

Mas quando abria os olhos Daniel ainda estava em seu hotel
E percebendo que tudo era apenas imaginação ficava com fel
Porém, aquele mundo era indelével e cheio de tropel
Deixando Daniel muito mais cascavel.

Paula Amorim
Participação especial: Júlia Amorim


segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Sorria e faça sorrir!

Um dia desses indo para a escola, eu estava escutando um CD e tocou uma música que tinha a seguinte frase: “A felicidade não se empresta, não se pechincha e nem se compra”. Então, eu comecei a pensar a respeito dessa frase, já que eu havia ficado para fora da primeira aula devido ao meu atraso. Cheguei à conclusão de que só concordo com 1/3 da afirmação. A felicidade não se compra. Sei que fisicamente qualquer um seria feliz sendo um milionário, mas os sentimentos não podem ser comprados. Pelo menos eu nunca fui a uma loja que eu pedisse para o vendedor – “Você passa R$50,00 de amor e R$20,00 de paz no cartão, por favor?”, e ele ainda respondesse ­­– “Não vai um pouco de alegria hoje?”. Hum... NÃO! Acho que os sentimentos são as únicas coisas que não foram transformadas em mercadoria capitalista. Ou se isso fosse possível comprar, então os sete pecados faliriam e a tristeza também. A meu ver os sentimentos devem ser encontrados, seja nas pessoas ou nas nossas realizações. Muitas vezes não notamos como pequenos gestos podem mudar o nosso dia e o do resto da humanidade. Tomemos por exemplo: de segunda a sexta você vai para a escola. Quando você chega nem olha na cara do porteiro e quando vê o monitor dá aquele pseudo sorriso de três segundos. Entrando na sala de aula, cumprimenta os seus amigos rapidamente e já senta no seu lugar. Agora vejamos como um bom samaritano agiria nessa situação: de segunda a sexta você vai para a escola. Quando você chega, olha para o porteiro e diz um bom dia e quando vê o monitor desenvolve um pequeno diálogo, claro que sempre sorrindo. Entrando na sala de aula deixa todo o seu material no seu lugar e vai cumprimentar os amigos, já estendendo uma conversa. Com certeza, todos que lerem esse texto irão preferir o segundo exemplo, porque se sentiriam melhores já que fizeram o sorriso do porteiro, do monitor e dos seus amigos. Bom, já que escrevo sobre fazer os outros sorrirem e se sentirem melhores, eu preciso fazer o Sr. Leitor ou a Sra. Leitora sorrir. Por favor, vamos sorrir juntos. Dê um sorriso agora! Ha ha ha :D isso mesmo! Eu sorri, vocês sorriram? Eu aposto que sim.

Paula Amorim

domingo, 12 de dezembro de 2010

Capítulo 2




  Choro quieta, abafada pelo travesseiro, olhando as gostas cristalinas de água escorrerem pelo vidro da janela do meu quarto. A atmosfera começa a ficar cada vez mais fria. Fria como a dor, a solidão. E nessa hora que eu desejaria poder acender a chama da esperança dentro do meu coração. Mas para que gastar calor, onde nao há oxigênio? Agora, só me resta a cera derretida.

Paula Amorim

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Cansei de você

Sinto nojo de mim por gostar tanto assim de você e por pensar em você o tempo todo. O pior é que eu nem sei por que eu me sinto assim, eu só sei que dói, dói muito. Dói quando você fala dela e não de mim, dói ver a foto de vocês dois juntos, mas dói mais mesmo saber que você ama ela como nunca me amou e que ela, sim, é a dona do seu coração e não eu.
Eu não sinto raiva dela, não mesmo; talvez sinta um pouco de inveja, mas raiva, nunca. Eu nunca faria mal a ela, pois sei que isso te afetaria e porque ela não tem culpa desse sentimento horrível que está crescendo dentro de mim. Ela também te ama, não tanto quanto eu que estou abrindo mão da minha felicidade pra te ver feliz, mas ama e vocês serão felizes, eu espero isso de todo o meu coração.
Eu me sinto obcecada por você, e isso não é legal. Parece que eu não fui boa o suficiente pra te conquistar, e que eu nunca serei boa o suficiente pra ninguém.
Eu já quis morrer, sumir. Não pra acabar com a minha vida, mas pra acabar com essa dor. Felizmente me livrei desses pensamentos insanos, mas me fechei pra todos os outros sentimentos e pra todas as novas chances de amar por pensar em você, e é triste saber que você nunca pensou em como eu me sentia.
Eu faria tudo pra poder te chamar de MEU, tudo mesmo, mas você e seu amor já não me pertencem, eu sei quem você realmente ama, eu sei que não sou eu. Você pode até ter um sentimento de carinho por mim, mas não é nada comparado ao que eu sinto por você.
Na verdade eu queria nunca mais te ver, nem ter notícias de você. Queria me esquecer que um dia você foi alguém na minha vida, porque quem sabe assim eu possa abrir meu coração pra um novo amor.
O que eu mais quero é amar e ser correspondida, parar de sofrer pela pessoa errada. Isso é pedir muito?

Maria Eduarda Amorim

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Já se sentiu sozinho?

Posso estar rodeada de pessoas, parece que nenhuma se encaixa em mim. É como se a solidão estivesse dentro de mim. Ao final, eu me encontro vazia e fria, pois assim é a solidão.
Busco em cada olhar algum que corresponda ao meu, e quando encontro descubro que era um olhar maquiado, falso, que só me fez sofrer. 
Espero um dia encontrar uns olhos de ressaca que me puxem e me prendam, de forma que eu não possa escapar. E claro, que sejam verdadeiros, pois é isso que realmente importa.


Maria Eduarda Amorim feat. Paula Amorim

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

I give up this heart of mine

Não é que quando estou com você, eu suspiro ou fico fantasiando coisas sobre nós dois. Quando estou com você eu simplesmente perco minha linha de raciocínio. Não sei o que falar ou como me portar. Apenas presto atenção em cada detalhe pertencente a você. Me sinto bem e tranquila, é como se não existisse mais a gravidade e sim você para me manter aqui na Terra. Mas minha mente consegue sair do meu corpo e estar sob seu controle.
Porém, você não tem graça alguma. Não é o cara que dê motivos para se orgulhar, porque é campeão olímpico em alguma categoria foda ou tem uma banda de sucesso.  Você chega até a ser estranho: o jeito como anda ou como fica brincando com seu cabelo despontado, estilo Joan Jett, mas que lhe cai perfeitamente bem. Então, comecei a pensar. Por que te amar? Eu achei a resposta depois de tanto te observar. Você não é nenhum deus grego, mas quando você faz cara de sério e fica pensando em como resolver alguma coisa, suas expressões são passíveis de um desenho facisnante. Os seus olhos talvez sejam os olhos de ressaca que Bentinho tanto falava. Por baixo de toda essa armadura de cara do rock, você se mostra sensível e educado. Você é diferente. Você se importa com coisas diferentes que muitas vezes passam despercebidas pelo resto do mundo. Apesar de você ser um completo esquecido e meio atrapalhado, você consegue reparar em pequenos detalhes. Ainda que você cole nas provas das crianças nerds e inofensivas, você estuda. Isso chega até a ser engraçado! Mas o maior motivo por eu te amar, eu ainda não descobri e acho que nunca saberei. Apenas sentirei essa estranha sensação toda vez que eu pensar em você.         


Paula Amorim

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Você ♥

Eu estou fazendo todas as coisas que me lembram você; ouvindo as músicas que você gosta, vendo os filmes que você me indicou e lembrando das nossas conversas. Você sempre tão fofo comigo e eu sempre sem saber o que dizer, idiota. 
Mas eu não tenho culpa, você me deixava sem palavras, a emoção tomava conta de mim e eu ficava sem reação. Eu tentava parecer engraçada ou dizer algo bonito pra você, mas na maioria das vezes eu dizia coisas sem sentido e acabava sendo um pouco grossa - é, não sei lidar com os meus sentimentos. Seus olhos, sua boca, tudo o que você dizia e seu sorriso me encantavam, eu podia ficar horas olhando pra você. Você era lindo até mesmo quando ficava em silêncio esperando minha resposta que normalmente demorava para ser formulada. 

A distância nos impediu de ficar juntos, mas não me impediu de continuar pensando em você - todos os dias. Sinto falta de você, de quando você me abraçava forte e me fazia esquecer das coisas ruins, do seu beijo doce e quente; sinto falta de nós e de tudo o que a gente viveu. Não foi muita coisa, mas foi lindo o suficiente pra marcar minha vida pra sempre. Queria você aqui comigo, mas por enquanto me contento com as lembranças, lembranças de quando eu era feliz. Elas te aproximam de mim e eu me sinto bem novamente. Mesmo sozinha eu te tenho comigo, não sei viver sem você.


Maria Eduarda Amorim

ForEver Du

Caminhamos no mesmo compasso, somos ditadas na mesma sintonia, nossa conexão é mais forte do que qualquer distancia estúpida e nada nem ninguém é capaz de interromper esse sentimento inagualavel que nós duas temos. Se briga é uma coisa que nós não conhecemos hoje, é porque sofremos muito para aprender isso no passado. Acho que valeu a pena lutar por essa historia tão maravilhosa que hoje segue o seu rumo sem problema algum. Nosso lema deve ser "estamos juntas nessa!" (ok, roubei isso do HSM, mas é verdade, você sabe disso nenis). Mesmo perante as desgraças, nós conseguimos dar risada. Por mais que o choro e a dor venham, se estivermos juntas é possível ouvir aquele som inconfundível das nossas gargalhadas se misturando e sentir o coração se preenchendo por um sentimento de tranquilidade. Não somos primas por acaso, você não é minha melhor amiga só porque eu te escolhi, não compartilhamos os meus sonhos porque somos iguais, não temos as mesmas paixões porque não temos opção, não somos boas em escrever textos que são ditados pelo Ser do Banho por coincidência e não somos ligadas telepaticamente porque temos poderes sobrenaturais. Nós somos tudo isso e muito mais por um simples motivo: destino. Tenho certeza de que quando Deus nos criou Ele pensou em nos deixar juntas e desde os primórdios dos tempos, Ele já sabia no que ia dar Maria Eduarda e Paula juntas. E Ele acertou em cheio! Eu te amo sem retornos s2


Paula Amorim

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Resultado da Promoção 7 meses (:

Hoje o blog 'Weird and Greasy' completa sete meses de vida e quem ganha o presente de aniversário são vocês, leitores e leitoras! Queremos agradecer por terem acompanhado o blog até agora e que continuam fazendo parte dessa história! Obrigada pelas críticas e pelos comentários! Agora, vamos lendo os textos e esperar a próxima promoção, porque já temos uma ganhadora para essa. Recebemos muitos emails com sonhos maravilhosos, de dar arrepios com a energia que vocês mandaram! Foi muito legal e muito importante a participação de cada uma de vocês. Mas, uma resposta mexeu muito com a gente e quem vai levar o livro: 'Fazendo Meu Filme - A Estreia de Fani' é... Camila Costa.
Parabéns, Camila :D

'Qual o seu maior sonho e o que você seria capaz de fazer para realizá-lo?'

"Meu maior sonho é poder conquistar fãs com minha música e banda e mostrar que isso é ARTE , pois é a coisa que mais amo na vida e nunca vou abrir mão disso, faria qualquer coisa pra poder chegar lá e mostrar a todos que não acreditam em nós, que somos capazes, lavaria privada de posto de gasolina, viveria debaixo da ponte, aturaria preconceito, enfrentaria o mundo, desde que tivesse um par de baquetas e minhas amigas comigo só pra mostrar que a arte não é feita de tendências ."

domingo, 31 de outubro de 2010

Untitled

Egoístas, é isso o que todos são. Ninguém se importa com o que o outro está sentindo ou do que ele abriu mão para estar ali, só querem se divertir, mesmo quando isso resulta na frustração de alguém.
Bom, talvez o ponto não seja esse. Talvez o problema seja eu. Talvez eu me importe demais com os outros e não saiba me divertir como todos fazem.
O problema é que eu não vejo graça em passar a noite acordada bebendo algo que me deixará alucinada, me esfregando com um qualquer do sexo oposto, ouvindo músicas sem nexo e mexendo meu corpo de forma obscena e ridícula - sim, é isso o que eu penso sobre um baile e é isso o que eu penso sobre dançar.
Prefiro mil vezes ouvir uma boa música, mesmo sozinha, ler um bom livro ou conversar com alguém que me admire pelo o que eu penso e não por um belo corpo -que eu não tenho.
Das últimas vezes que tentei me divertir do jeito moderno só consegui me frustrar e rir observando o comportamento das pessoas quando estão foras de si. Os homens pensam que as mulherem estão a seus pés e já chegam agarrando-as. Elas por sua vez tentam escapar dos feios, mas se entregam aos que tem um abdômen um pouco mais definido. Isso tudo regado a uma boa dose de álcool e embalado por músicas e cantadas bregas.
Alguém pode por favor me explicar a graça disso?
É meus queridos, o problema sou eu. A velhice precoce e minha visão diferente sobre o mundo e sobre a forma de viver me transferem uma certa chatice.
Esse deve ser o motivo de eu sempre ficar sozinha nos bailes e não me interessar por coisas banais que qualquer adolescente da minha idade se interssa. Fico sempre observando e pensando em alguma coisa pra postar aqui.
Parece triste, mas não é. Já estou me acostumando e ainda me restam alguns poucos amigos que me suportam,  assim vou vivendo -tentando viver.
Enfim, esse texto ficou horrível, mas eu precisava desabafar. Sem mais.


Maria Eduarda Amorim

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Defeito perfeito

Ele tentou chegar até a minha boca, mas eu desviei o meu rosto rapidamente. Ele beijou a minha buchecha que no momento estava rosa como um chiclete de tuti- fruti. Então, com os olhos fechados perguntou:        
- Por que?
- Somos grandes amigos.
- Isso é mais um motivo pra eu te beijar... namorados são melhores amigos!
- Não quero te perder tão cedo por uma coisa estúpida!
- Eu também não pretendo te perder, na verdade nunca!
- Para com isso...
- Qual é? Somos bons juntos... E você é a garota mais perfeita, talentosa e incrível que eu já conheci em toda a minha vida! Mas você só tem um único defeito!
 Aquilo me pegou de surpresa. Não esperava que ele apontaria meu único defeito que com certeza era a minha insegurança. Me sentindo ofendida, me livrei de suas mãos e perguntei já na defensiva e com a melhor cara de brava que pude fazer perante aqueles olhos cheios de sentimento:
- Defeito? Que defeito você viu em mim? Quer dizer, sei que sou um pouco insegura e...
 Não pude terminar a minha frase, porque ele vinha em minha direção com cara de malvado e senti que havia algum plano projetado em sua mente e percebi que de alguma forma aquilo me agradava. Depois de colocar a minha franja atrás da minha orelha esquerda, revelou o meu defeito:
- Você só não é perfeita porque não é minha.
 Quando retomei a consciência sobre o meu corpo, já era tarde de mais. Meus lábios já estavam nos seus.

Paula Amorim

domingo, 24 de outubro de 2010

Promoção 7 meses de 'Weird and Greasy'

No próximo mês o blog completará 7 meses, por isso resolvemos fazer uma surpresa pra vocês, estão a fim de ganhar um livro? Então, iremos sortear um: 'Fazendo Meu Filme - A Estreia de Fani'. Se você quiser participar da promoção, mande um email para weirdandgreasy@hotmail.com, respondendo a seguinte pergunta: 'Qual o seu maior sonho e o que você seria capaz de fazer para realizá-lo?'
A resposta mais criativa ganhará o livro! O resultado sairá dia 08/11. Todos podem participar (:
Escolhemos esse livro pois tem tudo a ver com nós duas, fala de sonhos, McFLY e Londres *-* 
Esperamos que vocês apreciem essa história.
Aguardamos seus emails com carinho, Duda e Paula.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

It's over

A incerteza sempre me acompanhou, nunca fui segura nas decisões que tomei. A única certeza que eu tinha era que eu sempre poderia contar com você e que eu te amava, mas hoje, justo hoje quando eu mais precisava de você, você me deixou. Fiquei decepcionada. Sua indiferença com o que eu falava, com o que eu sentia, me matou.
Seus problemas são as garotas, eu sei. Os meus tratam da vida real, de vida ou morte, mas às vezes a futilidade parece mais atraente pra você. 
E aquela história de que 'você é diferente, me ama de verdade e eu te amo', era mentira também? O encanto se perdeu. 
Queria dizer dizer que não preciso da sua ajuda e que não sinto a sua falta, mas mesmo sendo importante você não é mais bem vindo na minha vida. Não quero nunca mais ter que falar com você. Acabou.


Maria Eduarda Amorim

terça-feira, 12 de outubro de 2010

You've got a friend


When you're down and troubled
And you need a helping hand
And nothing, Oh nothing is going right
Close your eyes and think of me
And soon I will be there
To brighten up even your darkest night

You just call out my name
And you know wherever I am
I'll come running (yeh) to see you again
Winter, spring, summer or fall
All you got to do is call
And I'll be there, yeah, yeah, yeah.
You've got a friend (ooh)

If the sky above you
Should turn dark and full of clouds
And that old north wind should begin to blow
Keep your head together
And call my name out loud, yeah
Soon I'll be knocking upon your door

You just call out my name
And you know wherever I am
I'll come running, oh yes I will
To see you again
Winter, spring, summer or fall
All you got to do is call
And I'll be there, yeah, yeah, yeah.

Hey, ain't it good to know that you've got a friend
people can be so cold
They'll hurt you, and desert you
well they'll take your soul if you let them
Oh yeah, but don't you let them

You just call out my name
And you know wherever I am
I'll come running to see you again
(Oh baby don't you know about)
Winter, spring, summer or fall
Hey Now! All you got to do is call
Lord, I'll be there yes I will.
You've got a friend

Oh, you've got a friend.
Ain't it good to know you've got a friend?
Ain't it good to know you've got a friend?
You've got a friend.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Uma música

Not Alone - McFLY


Life is getting harder day by day
And I, I don't know what to do what to say, yeah
And my mind is growing weak every step I take
It's uncontrolable now they think I'm fake
Yeah

'Cause I'm not alone ( no, no, no )
But I'm not alone ( no, no, no)
I'm not alone

And I, I get on the train on my own
Yeah, My tired radio keeps playin' tired songs
And I know thats there's not long to go, oh
And all i wanna do is just go home

'Cause I'm not alone (no, no, no)
But I'm not alone (no, no, no)

People rip me for the clothes,
I wear, yeah yeah
Every day seems to be the same
They just swear, yeah
They just don't care
They just don't care
They just don't care

'Cause I'm not alone (no, no, no)
But I'm not alone (no, no, no)

Na,Na,Na,Na,Na,Na,Na,Na,Na,Na,Na,Na,Na,Na,Na,Na,Na,Na,Na,No
Na,Na,Na,Na,Na,Na,Na,Na,Na,Na,Na,Na,Na,Na,Na,Na,Na,Na,Na,Na,Na,No

But I'm not alone
La,La,La,La
Yeah, Yeah
But I'm not alone

sábado, 2 de outubro de 2010

só um pedacinho...

   - A vida é realmente um presente. É algo tão frágil. Basta o seu peito parar de pulsar. Um único batimento define uma vida. A vida é preciosa. Deveríamos viver verdadeiramente e conscientemente cada dia. Nunca os mesmos sentimentos serão idênticos. Cada dor é única. Cada sorriso é único. Cada sensação é única. Eu nunca tinha parado para pensar que enquanto você anda, fala, dá risada, trabalha, estuda, grita, chora, pula, bebe, come ou dorme, pode haver uma vida sendo perdida. Isso está fora do nosso controle! Enquanto você chora porque rompeu com seu namorado ou tirou zero na prova de matemática, alguém chora pela morte de um ente querido. Sem vida o corpo é inanimado. Oco, vazio, frio. Na maioria das vezes, a vida muda, mas não avisa para ninguém. Cada mudança é uma surpresa. Se boa ou ruim é você quem julga. A vida não é como um vídeo-game que se você perde, pode apertar o botão ‘restart’. Na vida real, esse botão não existe. O ‘game over’ é para sempre. Só percebemos o quão maravilhosa a vida é quando nos vemos de frente com a morte. Naquele segundo em que toda a sua vida passa na sua cabeça, perante os seus olhos, como um filme. Uma gota inesperadamente cai do fundo da sua alma, através dos olhos. Mas, um instante depois, esquecemos desse grande detalhe e voltamos a viver na eterna inconsciência. Obrigada!
  A multidão que estava dentro daquele auditório me aplaudiu calorosamente. Por um minuto, senti que todos aqueles torciam por mim. Meu tempo já havia se esgotado. Uma semana já havia passado e poderia dizer que esses últimos sete dias foram os mais intensos que eu vivi em dezessete anos. Como combinado, eu segui para o escritório do Andrônico as dez horas em ponto e ele estava lá. Sentado em sua imensa cadeira vermelha e acolchoada, atrás de uma mesa de vidro pesado, ele me olhava fixamente. Sempre vestido impecavelmente com um traje formal inteiro preto, acompanhado de uma capa mais negra do que a noite, ele me esperava.
  Eu entrei em sua sala e não quis sentar, pois carregava uma enorme agonia no meu peito. Sabia que Andrônico esperava a minha resposta. Eu queria chorar naquele momento, mas em vez disso eu fiquei em pé olhando através da janela de vidro que emoldurava todas as paredes daquele andar. O céu estava lindo naquele dia. Estava tão azul, algumas nuvens brincavam com a sua imensidão e o sol brilhava como se estivesse sorrindo para mim, parecendo me envolver com o seu calor, me mantendo forte. Foi então que eu ouvi aquela voz doce e delicada já parada ao meu lado. Aquela forma masculina que ocupava o meu lado esquerdo passou a observar o mundo comigo.
  - Incrível, não é mesmo?
  - É maravilhoso! Eu respondi olhando duas crianças que brincavam com seus pais no parquinho de areia.
  - Alessia, você sabe que hoje deve me dizer qual é o seu desejo. Normalmente, não deixo as pessoas muito à vontade nesse momento, mas você foi uma garota muito especial, que realmente fez a sua semana valer a pena.
  Ele comentou isso olhando para mim, com as duas mãos para trás de seu corpo. Eu não tive como olhar para ele. Ao contrário, passei a observar um homem que caminhava com seu cachorro em um parque.
  - Isso ajudaria em alguma coisa para mim? Me pouparia de ter que optar por uma única coisa, sendo que eu gostaria de pedir inúmeras?
  - Não, respondeu Andrônico. Mas estou te dando mais tempo para pensar. Se não fosse pelo seu merecimento, já teria cobrado o seu pedido e você já estaria longe desta sala.
  Não me movi. Os meus olhos passaram a encarar um casal de namorados andando de mãos dadas naquele mesmo parque. Os dois estavam visivelmente apaixonados. Sorriam constantemente um para o outro. Eles se sentaram em um banco em frente ao lago. Ela deitou em seu peito e ele se inclinou até sua boca. Então, eu olhei para Andrônico.
  - Ótimo, mas eu quero ir logo com isso! Não quero ter que mudar o meu pedido por ser tarde demais…
  - Está bem. A propósito, você fez um excelente discurso na cerimônia de hoje. Ele disse isso abrindo um leve sorriso. Percebi que ele estava apenas tentando ser amável. Resolvi sorrir em retorno.
  - Obrigada! Respondi me sentando em uma das cadeiras que ocupavam a frente de sua mesa.
  - Bom, se é assim que você quer vamos ao que realmente interessa. Ele se sentou em sua cadeira. Fechou os olhos e se concentrou. Quando abriu os olhos novamente, estava sério e seu olhar era duro e frio como gelo.
  - Alessia Alves, por motivos específicos você veio até mim. Teve uma semana para resolver todos os casos não resolvidos na sua vida e você o fez com muito sucesso. Agora, você deve me informar qual a sua decisão. Qual será o pedido, que tem por direito?
  Tudo passou a ser mais demorado. Podia sentir o meu corpo com o dobro de intensidade que eu estava acostumada. Minha cabeça latejava. Cada batimento do meu coração martelava fortemente no meu peito. Sentia o ar entrando e saindo pelos meus pulmões. Meus olhos estavam molhados, lágrimas escorriam pelo meu rosto. Só tinha um pensamento. Não havia resolvido tudo na minha vida com sucesso. Sabia muito bem de um assunto que estava inacabado e que me atormentava profundamente: Estevão.
  Ali mesmo, na frente de Andrônico eu fiquei perdida em pensamentos. Relembrando tudo o que havia acontecido nos últimos dias da minha vida. Logo, era como se eu estivesse retornado no tempo.


Paula Amorim

domingo, 26 de setembro de 2010

So did I make you happy?


Não sei o que ainda faço sentada na frente desse computador, nada mais me chama a atenção aqui desde que a gente deixou se falar.
Observar as fotos das minhas (nossas) bandas favoritas na parede do quarto escuro e a chuva caindo lá fora só aumentam o ar depressivo. Lembro de quando passávamos horas conversando, discutindo sobre assuntos que nos eram comuns. Me encantava com o jeito que você me prendia ao assunto, sempre fazendo provocações a respeito dos meus gostos, mas na verdade você concordava com tudo o que eu dizia, só queria me ver irritada; e ainda achava incrível a maneira que você fazia minhas lágrimas cessarem quando algo de mal me acontecia mesmo você estando so far away.
Eu realmente adorava esses momentos com você, mas eu sabia que isso nunca daria certo, afinal a gente mal se via e a minha timidez atrapalhava nosso relacionamento fora do mundo virtual. Hoje em dia nossas conversas não duram nem 5 minutos e agora ao invés das lágrimas cessaram, elas aumentam com a sua indiferença.
Espero que você seja feliz nessa nova fase da sua vida, que seus companheiros sejam realmente bons amigos e que esse outro alguém te faça feliz do mesmo jeito que eu te fazia - ou pelo menos tentava fazer.
Eu não consegui encontrar ninguém que me faça o bem que você fazia., e talvez eu nunca encontre.
Agora eu vou desligar isso aqui e voltar pra minha cama, tentar sonhar com algo que não seja você.


Maria Eduarda Amorim

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Crazy little thing called love

Me sinto manipulável e sensível a todo e qualquer sentimento que chega com o vento, a atmosfera se torna cada vez mais leve e a gravidade vai perdendo sua força. O canto dos pássaros misturado ao barulho da sociedade se torna música aos meus ouvidos. Mesmo que o sol não esteja visível no céu em um dia nublado ou até mesmo chuvoso, posso sentir a sua luz me tocando e o seu calor aquecendo a minha pele. Quando se está apaixonado não é que o mundo fica cor de rosa. Você apenas passa a enxergar a beleza das coisas mais pequenas e mínimas que estão ao seu redor e que seriam insignificantes a um coração cheio de ódio. Quando se está apaixonado tudo é sentido com mais intensidade, porque o seu coração está sendo alimento pelo melhor sentimento que o homem é capaz de sentir: o amorO amor é um sentimento tão engraçado, porque você não escolhe estar com ele. Ele simplesmente te escolhe e muitas vezes você nem entende o porquê. Você apenas o sente. Sabe o que é mais incrível? Ele nunca se demonstra da mesma maneira que te visitou anteriormente, sempre te surpreende. E você sempre cai feito um bobo na conversa deste pobre coração desapaixonado. Ao mesmo tempo que você fica ansiosa e com medo de não ser correspondida, você se sente mais confiante. Ao mesmo tempo que você fica nervosa e sente borboletas no seu estômago quando o vê ou somente diz o seu nome, você se sente em paz e mais segura. É extraordinário encontrar justamente os olhos da pessoa que completa a sua alma entre tantas pessoas. O amor nunca falha, você sempre encontra aquela pessoa que faz seu coração achar que pode bater mais rápido sem que você se machuque. Ele sempre te pega desprevenida e você, mera mortal, nunca resiste as tentações que essa criatura divina desperta em você.

Paula Amorim

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Para uma amiga especial

Sei que você está passando por um momento MUITO difícil na sua vida. É muito ruim te ver sofrer e chorar desse jeito e não saber como te ajudar. É a sensação mais horrível do mundo. A única coisa que posso fazer por você é estar sempre do seu lado, te dando apoio e sendo um ombro amigo, escutando todos os seus medos e anseios, tentando amenizar as suas dores, roubando um pedaço das suas preocupações para o meu coração. Estaremos sempre juntas, não importa o que aconteça! Sei que vamos vencer isso juntas, porque eu nunca vou te abandonar e não vou deixar você desistir de realizar os seus sonhos e de sorrir mais a cada dia em troca dos obstáculos que aparecem na sua vida. Eu te amo demais e quero te ver muito feliz sempre, porque você merece. Você é uma garota de ouro! Não se esqueça (por favor) que mais do que amigas, somos uma família ♥
Paula Amorim


Palco da Vida - Fernando Pessoa:


"Você pode ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,mas não se esqueça de que sua vida é a maior empresa do mundo. E você pode evitar que ela vá a falência. Há muitas pessoas que precisam, admiram e torcem por você. Gostaria que você sempre se lembrasse de que ser feliz não é ter um céu sem tempestade, caminhos sem acidentes, trabalhos sem fadigas, relacionamentos sem desilusões.
Ser feliz é encontrar força no perdão, esperança nas batalhas, segurança no palco do medo, amor nos desencontros. Ser feliz não é apenas valorizar o sorriso, mas refletir sobre a tristeza. Não é apenas comemorar o sucesso, mas aprender lições nos fracassos. Não é apenas ter júbilo nos aplausos, mas encontrar alegria no anonimato. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um “não”. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. Ser feliz é deixar viver a criança livre, alegre e simples que mora dentro de cada um de nós. É ter maturidade para falar “eu errei”. É ter ousadia para dizer “me perdoe”. É ter sensibilidade para expressar “eu preciso de você”. É ter capacidade de dizer “eu te amo”.
É ter humildade da receptividade. Desejo que a vida se torne um canteiro de oportunidades para você ser feliz…
E, quando você errar o caminho, recomece.
Pois assim você descobrirá que ser feliz não é ter uma vida perfeita. Mas usar as lágrimas para irrigar a tolerância. Usar as perdas para refinar a paciência. Usar as falhas para lapidar o prazer. Usar os obstáculos para abrir as janelas da inteligência.
Jamais desista de si mesmo.
Jamais desista das pessoas que você ama.
Jamais desista de ser feliz, pois a vida é um obstáculo imperdível, ainda que se apresentem dezenas de fatores a demonstrarem o contrário.
“Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo…”

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Toque do desejo! (rawr)

Vivo de um amor apaixonante, moro dentro do seu coração, sou guiada - como uma cobra por uma flauta- pelo seus olhos hipnotizantes, chego cada vez mais perto do seu corpo e isso nunca é o suficiente para nos dois, sinto a sua respiração ofegante contra a minha pele e eu fico perdida entre suspiros, suas mãos emolduram todo meu corpo até encontrarem o seu devido lugar que é envolta de mim, nossos lábios se unem como se fossem selados ali para nunca mais se descolarem, você explora todo o meu pescoço e deixa o meu cabelo bagunçado,  o seu perfume toma conta de mim e quando vejo não somos mais dois amantes, mas apenas um único coração, uma única sombra. A música que toca ao fundo ou o cenário em que nos encontramos já não são mais importantes, porque a única coisa que me interessa é você e pra você sou eu. O atrito de nossos corpos se colidindo cada vez mais determinadamente, emana um calor que seria capaz de competir com o sol, somos passíveis de pegar um fogo inapagável. Sei perfeitamente quais serão seus movimentos e você corresponde aos meus, como se por toda a humanidade estivéssemos destinados a culminar no mesmo fogo e só você fosse capaz de despertar a energia e a enorme vontade de viver que sinto quando me encontro nos seus braços. Por entre sorrisos e trocas de olhares, você me despedaça gradativamente e quando sussurra aquelas três palavrinhas ou simplesmente o meu nome, já me tem nas mãos, pertencente do seu lar, guardada a sete chaves. Quanto mais tempo passamos juntos, mais você me ganha e quanto mais nossos corpos se encostam, mais sede eu tenho de te ter. Me sinto insaciável e incontrolável como uma criança pedindo doce. Nosso amor é como a chuva depois de uma seca, é como um oásis no deserto, satisfatório e insano. Te desejo a cada dia mais! Você é o único que faz o meu coração pulsar mais rápido, minhas mãos ficarem suadas e minha cabeça entrar em pânico, porque a partir do momento que meus olhos te avistam vindo na minha direção não consigo pensar em mais nada, a não ser que você foi feito perfeitamente para mim. Amo você mais do que tudo!

Paula Amorim  

Eu te amo (versão original)

A noite estava linda, o céu inteiramente estrelado e o mar trazia o brilho da lua refletido em suas ondas. Marina andava sozinha pela praia, admirando a beleza da noite. Ela tinha um sorriso lindo e belos cachos com os quais o vento gostava de brincar. Enquanto caminhava, cantarolava sua música favorita. 
Eis que de repente ela se depara com lindos olhos verdes brilhando em sua direção. Ricardo a admirava, encantado com a sua doçura.
Marina estava assustada, mas resolveu perguntar:
- Quem está ai?
- Não se assuste, por favor, meu nome é Ricardo, não vou te fazer mal. - ele respondeu meio assustado.
- Tudo bem. O que faz sozinho por aqui?
- Nada de mais, vim dar uma volta pela praia pra tentar esquecer de alguns problemas. E você? O que uma bela moça faz sozinha pela praia a uma hora dessas? Já passam das 11.
- Estou voltando para casa, moro logo ali em frente. Só vim observar a lua, que está encantadora hoje.- disse ela sorrindo.
- Sim, é uma bela noite. - ele concordou.
Eles ficaram ali conversando por mais uma meia hora, Ricardo se sentiu totalmente envolvido pelo sorriso e pela simpatia de Marina. Ele não morava na praia, estava apenas passando alguns dias de férias, e pela primeira vez na vida se sentiu verdadeiramente apaixonado por alguém.
Ricardo não combinava com esse tipo de sentimento, sempre fora durão e raramente se apaixonava. Normalmente se envolvia com as garotas porque queria algo a mais. Mas com Marina era diferente, era um sentimento totalmente novo para ele.
Conversaram por mais algum tempo e depois se despediram, com a promessa de se reencontrarem no dia seguinte.
Marina chegou em casa, deitou em sua cama e simplesmente não conseguia dormir, estava pensando em Ricardo. Por um motivo que ela não sabia explicar, ela estava inteiramente envolvida por aquele homem também, ela sabia que existia algo de especial entre os dois.
Ao contrário de Ricardo, Marina era sonhadora e seu maior sonho era viver um grande amor. Quando conheceu o rapaz, ela sentiu que essa poderia ser a chance de realizar seu sonho.
Um novo dia amanheceu. 
Marina se arrumou e correu para praia. As dez horas encontrou Ricardo em frente ao cais, como combinado na noite anterior.
O dia estava quente e o sol bronzeava a pele morena de Marina e fazia Ricardo parecer um camarão.Os dois estavam visivelmente apaixonados: ela simplesmente não parava de sorrir e ele se comportava feito um bobo, mas ninguém tinha coragem de assumir o amor.
Eles caminharam e conversaram durante toda a manhã, até que decidiram se banhar no mar para se refrescarem. O azul do céu e o verde das ondas deixavam Marina ainda mais bonita. Ricardo não resistiu e roubou um beijo. 
Foi o beijo mais doce e especial que ele já provara, era como se seus lábios se encaixassem em perfeita harmonia. Marina se sentia em um sonho, ela terminou um beijo com um belo sorriso. Ricardo sorriu também e sussurrou ao seu ouvido: Eu te amo.
Nesse momento, Marina se sentiu confusa, pois achava que amar era um verbo muito forte para ser pronunciado a alguém que se conhece a menos de dois dias. Ela simplesmente se calou e sorriu mais uma vez.
As semanas passaram e ambos estavam cada vez mais apaixonados. Contudo, Ricardo escondia um segredo. Ele era dependente químico e estava sendo procurado por um grupo de traficantes por lhes dever uma grana preta, por isso havia fugido para aquela praia, longe de tudo e de todos. Ele só não esperava encontrar o amor de sua vida ali e, depois de tanto tempo, ele já nem se lembrava dessa história.
Os meses passaram.
Certa noite enquanto caminhavam pela praia Ricardo resolveu pedir Marina em namoro. Ele escolheu o melhor lugar, onde o brilho da lua fazia a areia parecer neve. 
Ele olhou em seus olhos e cantou pra ela a música que ela cantarolava na noite em que eles se conheceram.
O olhos de Marina se encheram de lágrimas e ela achou que aquele era o momento ideal para dizer a Ricardo o quanto ela o amava. Quando de repente..BAM!
Ouviu-se um barulho de tiro e a bala veio em direção a Ricardo. Sem pensar duas vezes, Marina se jogou na frente do amado e acabou recebendo o tiro.
Aos poucos ela foi perdendo os sentidos e desmaiou. Ricardo chorava e gritava desesperadamente, ele estava perdendo o amor de sua vida.
Os bandidos eram os traficantes que perseguiam Ricardo, eles atiraram mais uma vez, mas a bala passou longe. 
Logo a polícia chegou e então eles saíram fugidos.
Enquanto isso a vida de Marina estava indo embora nos braços de Ricardo, até que com muito custo ela sussurrou ofegante:
- Amor, você está aí?... Eu queria te dizer uma coisa muito importante...
- Meu amor, poupe seus esforços, deixe pra me contar tudo quando você melhorar.
- Não Ricardo, eu preciso te dizer uma coisa que eu deveria ter dito há muito tempo... EU TE AMO!
Ricardo se perdeu em lágrimas, ele sabia que ele era o culpado daquilo tudo, era ele quem deveria ter recebido o tiro. Tudo que ele conseguiu dizer foi:  "Eu também te amo, meu amor. Me desculpa por tudo isso..." 
E continuou se desculpando até que a dela alma flutuasse para um campo onde ela não podia mais ouvi-lo.