Quem sou eu

Escrever alguma coisa não é simples como parece. Um texto que através de palavras, passe emoções e sentidos, exige sentimentos. Não tem hora ou lugar para se escrever. O segredo da escrita é colocar no papel o que seu coração te diz. Nunca deixe de ouvi-lo, porque quando um coração fala você é capaz de escrever palavras que nunca poderia imaginar. O melhor de escrever é provocar a reação final no leitor. Começar um blog é extremamente monstruoso. Parece um bicho de sete cabeças! Mas, nós duas estamos aqui para desvendar esse desconhecido. Por favor, se alguém quiser ler sobre algo, dê a sugestão. Quem sabe não vira um texto interessante? Deixem comentários nos textos que gostarem e também nos que não gostarem. Não é só de elogios que o homem progride, precisamos de críticas! O blog “Weird and Greasy” nasceu para suas autoras expressarem seus sentimentos e provocarem emoções em seus leitores. Esperamos, sinceramente, que todos gostem e se identifiquem com pelo menos um texto. Aproveitem!

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Até os satélites morrem

  Era uma vez uma pequena garotinha que morava no Reino das Nuvens e tinha um sonho. Esse sonho crescia junto com ela, eram amigos inseparáveis. Quando as coisas pareciam complicadas e impossíveis, ele dizia, "Ei, vai ficar tudo bem! Vamos lá! Um dia deixarei de me chamar Sonho e passarei a ser chamado Real! Lute comigo, mocinha! Eu vejo um futuro brilhante!". Com tais palavras, a menininha se reerguia e parecia mais forte ainda! O amor que sentia por ele apenas expandia e o sonho compartilhava desse mesmo sentimento: a adorava, a queria do seu lado a qualquer custo! Ela se sentia querida e ele, feliz! Nenhum dos dois estavam sozinhos, pois um se apoiava no outro.
  Certo dia, empurraram o amigo sonho nuvem abaixo e ele se espatifou na superfície distante, dura e fria. A garotinha chorou e se sentiu vazia. Gritou, rezou, pediu de olhos fechados que o sonho voltasse, porém, nada acontecia. Ela tentou pular ao encontro de seu leal companheiro para tirar a dúvida se ele teria atravessado a tal parede opaca e estivesse num outro Reino. Mas a impediram. Seu caminho era para o outro lado, havia outro sentido. Lá havia amplos planos, menos o aspecto satisfatório do seu antigo amor.

Continua...

Paula Amorim

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Vida nova

Esses últimos 7 meses passaram voando, posso dizer que renasci! 
Sim, fui um bebê precoce e nasci de 7 meses, por isso digo que a minha vida recomeçou. 
Fui precoce, sou precoce, ansiosa, não sei esperar e quero novidades a todo momento.
A faculdade e as pessoas que eu conheci abriram a minha mente e eu mudei.
Mudei muito! De um garotinha tímida e antissocial, eu me tornei mais extrovertida e confiante. Sou mais feliz assim.
Passei por momentos difíceis, que eu nunca pensei que aconteceriam e não sei como me recuperei. Mas estou aqui, viva!
Talvez eu não tenha me recuperado totalmente, mas aprendi a conviver e a lidar com a minha dor.
E tive muitos momentos bons que me ajudaram a manter essa dor afastada.
Agora eu tenho amigos que eu posso dizer que serão pra sempre, que sempre estiveram ali quando eu precisei. Aprendi a dar valor pras pessoas certas.
Parei de planejar cada segundo da minha vida, ela sempre fugia dos meus planos. Agora eu vivo, apenas vivo, e tento aceitar e aproveitar o que a vida me proporciona.
Ainda tenho os meus sonhos, esses eu não abandono nunca e muitas vezes me resguardo neles para evitar decepções com a vida real
Não sei como vai ser a minha daqui pra frente. Espero que continue assim. E agora só me falta um amor. 
Um amor e minha vida estaria completa. 

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Análise sucinta conforme R.A.

  Eu sou uma mulher. Logo, sou complexa,sensível e afanosa. Apesar de parecer superar bem as decepções da vida e estar sempre sorrindo, sou frágil! Preciso de alguém que me abrace e que seja compreensível quando eu desabar em lágrimas.
  Quero fazer coisas fofas, românticas e sem noções, mas também espero erigir um relacionamento sólido e permanente. Necessito de um cara que saiba ser homem, sem se esquecer de que será uma eterna criança.
  Eu entendi que sou uma mulher! Não sou uma garotinha qualquer! Anseio certa maturidade… Não falo de questões sexuais, insinuo sobre lidar com o “psicologicamente” emocional.
  Meu objeto amado já sabe da metade de como suprir essas necessidades, porém, ainda há tempo de descobrir e ganhar consciência do homem que pode ser. Ele é maravilhoso, até mesmo com todos os seus defeitos alarmentemente irritantes! Ser incessante!
  Sou feliz quando estou com ele, todavia falta aquele homem aparecer para ficar… Só tenho aparições inconstantes desse lado. Eu aspiro o perpétuo! Então, sim, teremos alguma coisa fértil! Só que, por enquanto, ele ainda será apenas um garoto que não sabe lidar com um sentimento mais intenso e profundo. Fora de uma compreensão lógica e espacial…

 P.S.: falta apenas eu dar esse aviso para o meu coração, e assim, seguir caminhando sem olhar para as pegadas que ficaram para trás, marcadas no chão enlameado.

Paula Amorim 

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Aulas 37 e 38- Transformações gasosas (pp. 42)

 Por que essa aula tinha que ser tão chata? Está me dando sono e não estou conseguindo me concentrar...
  Eu queria estar menos cansada, queria me importar menos com as coisas e não me apegar tanto às pessoas...
  Eu queria que nem tudo na vida fosse pra valer. Eu queria que tudo durasse para sempre. Eu queria que a imaginação não chegasse no meu coração...
  Eu queria ser mais realista e menos idealista. Eu deveria largar o mundo das drogas do sonho e do amor. Eu deveria ser menos maluquinha e passional, mas não dá...
  Mudar seria um desvio de conduta!!

  Paula Amorim 

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

"And love dares you..."


O problema é que eu sou uma sonhadora! Tudo eu idealizo. O problema é 
que eu amo demais em uma sociedade que nunca amou. Apenas acha que 
sabe amar. O amor é algo sem dimensão. Não se esgota quando é puro 
e se multiplica por ser forte.
Cansei de escrever coisas sobre o amor e as pessoas acharem bonito e 
exagerado. Elas nunca sentirão nem metade de tudo aquilo o que eu sinto 
em um único dia. Eu digo: isso é o amor! Tudo o que você chama de 
exagero é sobre amar! Para poder amar, deve-se ter a disposição de 
sofrer. Saber que chorar não é ser fraco, mas admitir que mesmo 
estando cansado de só engolir lama e minhocas, você estará lá para 
sempre. Amor é sentir o peito doer e ter consciência de que aquilo é 
impossível, mas não desistir. Amar é o que eu sei fazer! Eu amo cada 
detalhe!
Em tudo deve haver amor! Meu ultimo pensamento é daqueles que eu amo. As 
minhas ações pertencem àqueles que eu amo. No desespero, me acalmo 
em você. No cansaço, me vem o seu nome. Me seguro, me amarro, me 
corto em pedaços pra não ligar pra você toda vez que eu tenho 
vontade. Você me usa, me descabelada e deixa minha vida do avesso. E 
é nesse momento e nessa bagunça que eu me acho e entendo o que é 
amar você. Não imagino um minuto se quer sem você aqui. Não estamos 
juntos, mas te tenho aqui no meu coração. Fico presa nas memórias da 
ultima hora que passei perto da sua companhia. Não fiz nem metade do 
que eu queria, mas me sinto dopada com a sua energia.


"Why can't we give love that one more chance?
 Why can't we give love...?
 give love give love give love give love give love give love give love give love...
 'Cause love's such an old fashioned word
 And love dares you to care for
 The people on the edge of the night
 And loves dares you to change our way of
 Caring about ourselves
 This is our last dance 
 This is our last dance
 This is ourselves
 Under pressure 
 Under pressure"


Paula Amorim 

domingo, 16 de outubro de 2011

Meus dias não têm sido fáceis. Acordo com o pensamento em você e à noite adormeço em meio às minhas lágrimas.
A saudade é a pior dor de todas. Nunca mais poder te abraçar, nunca mais poder beijar, nunca mais poder cuidar de você, nunca mais poder te ver.
Por que você se foi tão cedo? Talvez sua alma fosse tão pura que não suportasse mais viver entre os mortais. Sei que agora você está num lugar melhor e isso acalma meu coração, mas a dor nunca acaba.
Sinto meu peito em pedaços quando penso nas coisas que eu deixei de fazer por você, me pergunto se eu realmente fui paciente e atenciosa o bastante, queria ter feito mais, queria ter tido mais tempo.
Tempo! O tempo agora não te importa mais, o infinito é pouco pra você.
Tempo! Me disseram que só o tempo pode curar minha dor, mas o infinito também pouco perto do tamanho dela.
Espero que o tempo venha me libertar e que um dia eu possa te ver sorrindo pra mim novamente.
Sinto sua falta, todo dia, minha pequena.
Fique em paz.

Maria Eduarda Amorim

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Não se detenha!

  Nunca pensei que diria isso, mas a questão é o que sinto: como eu gostaria que ainda fosse segunda feira. Odeio tal dia por muitos motivos, porém o amo por um único. Você não faz ideia da grandiosa melancolia que atravessa o meu pequeno hipotálamo.  
 Estou indo sem direção. Não sei mais o que acontece dentro da minha cabeça maluca. Não procuro mais me entender, estou perdida. Decreto-me desaparecida! Mudei muitos conceitos, só que eles continuam os mesmos na verdade... 
  O tempo é uma droga de invenção humana. E como tudo o que é criado pelo homem, o tempo é falho. Ele não passa em muitos aspectos. O espelho mostra que você está envelhecendo. Os cabelos ficam cada vez mais grisalhos, a pele enrrugada, os olhos lacrimejam e ficam embaçados. Preciso dos óculos! Pego a minha bengala e vou até a penteadeira, mas cadê?! Estavam bem aqui!
  Físico. Tudo isso é físico!
  E o psicológico? Não. Nem o tempo, nem o espelho. A dor, a saudade, a esperança. Essas três são companheiras para o resto da vida. Ninguém pode com elas! Ninguém, a não ser o humilde amor.
  Sempre soube que eu sonho em demasia. Nunca as palavras realistas me melindraram, mas quando um sonhador, de mesmo espécie, diz que você precisa despertar, sua base se desfalca. Pois bem, continua a sonhar! Não posso sustar.


Paula Amorim

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Todos os dias, eu prometo!


   Bom, escrevi esse texto no dia 24/04/2011. Ela ainda estava bem aqui comigo e nós duas vivíamos como estávamos acostumadas a fazer. Mariele foi minha irmazinha, minha primeira filhilha e para sempre será. Se hoje eu sei amar incondicionalmente, é porque em todos os dias que ficamos juntas, ela me mostrou e ensinou o significado e a força do amor. Nunca a agradeci por isso... mas sei que ela sabe. Ela sempre soube de tudo! Má, o meu amor por você é eterno. Estaremos sempre juntas. Eu te digo isso todos os dias!



  Ser mulher é tão estranho. Quer dizer, o instinto materno é uma coisa inexplicável. Passeando no shopping de mãos dadas com minha prima de dez anos e rodeada por bebês e crianças, eu me imaginei mãe. Consegui sentir como se estivesse dando a mão para o meu pequeno Dylan. De repente, eu era responsável pela minha prima e me sentia como uma mãe que zela pelo seu filho. Aquilo por mais bizarro que fosse, me trouxe uma sensação de paz. Eu me sentia completa! Sem perceber, no impulso perguntei para minha prima:
  
  - Má, você acha que serei uma boa mãe?
  
  Ela sorriu e ficou meio encabulada com as buchechas rosadas:
  
  - Eu acho!
  
  - Sério?
  
  - Uhun.
  
  - Você acha que eu vou ser malvada ou boazinha?   
  - Boazinha.
  
  - Eu vou ser muito grudenta?, perguntei agarrando o ar com minha mão livre.       
  - Eu não sei..., ela balançou os ombros.
  
  - Mas você acha mesmo que eu vou ser uma boa mãe?
  
  Mais uma vez me veio a imagem de eu segurando na mão de um menininho lindo, e sorrindo com ele. Íamos encontrar com o papai. Será que eu seria uma péssima mãe? Aquilo me assustava, queria ser uma mãe maravilhosa! A melhor de todas as mães! Ela me resgatou desse devaneio dizendo:
  
  - Eu não acho, tenho certeza!
  
  Emocionada por ouvir tais palavras, eu a abracei e dei um beijo em sua buchecha. Depois, as coisas fluíram naturalmente e eu voltei a ter dezessete anos novamente. Mas eu nunca fui infantil!


Paula Amorim

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Mariele,

Eu só estou procurando um jeito de dizer adeus e acho que escrever o que eu estou sentindo vai me ajudar um pouco.
Já vai fazer três semanas que você partiu, ainda não entendo porque você se foi antes de mim, mas sei que dói muito não poder mais te ver, não poder mais te abraçar, não poder mais rir, dançar e cantar com você. Foi tudo tão rápido que eu nem consigo acreditar e quando eu me dou conta que não tenho mais você, eu caio em prantos. Me desculpe por ser fraca.
Você é o meu anjinho e vai estar sempre aqui comigo, SEMPRE. Não passo um só dia sem pensar em você, sem lembrar de tudo o que a gente passou juntas. Nossos sonhos eram tantos, sua inocência de criança me contagiava e eu sentia e que juntas nós seríamos invencíveis. Me desculpa por não ter realizado os nossos sonhos enquanto você ainda estava aqui, mas pode ter certeza de que eu não vou deixar nenhum pra trás. Queria ter tido mais tempo ao seu lado, queria ter vivido mais coisas com você, mas você precisou partir antes.
Lembro do dia que você estava nervosa e eu prometi que tudo acabaria bem e que eu sempre estaria com você, bom, acho que essa foi a última vez que conversamos de verdade. Queria ter cumprido a promessa que eu te fiz, nada acabou do jeito que nós planejamos, mas eu tenho certeza de que você está bem agora e é isso que me conforta. Agora eu só preciso aprender a levar a minha vida sem você ao meu lado, não sei como vai ser, afinal, você foi minha irmãzinha, meu porto seguro, mas eu sou forte e sei que um dia a dor vai passar e sei também que em breve nós estaremos juntas novamente. Agora que você não precisa mais de mim, espero que se lembre de tudo o que eu te ensinei e cuide de todos nós. Também espero ter sido um bom exemplo pra você, sei o quanto você me admirava e você é o meu orgulho.
Você foi a criança mais doce que eu já conheci, seu jeito meigo encantou a todos e nós estamos sentindo muitas saudades. Desculpa por não saber brincar de Polly e só saber conversar com você sobre coisas de adolescentes, mas era assim que a gente se divertia. Você sempre me deu razão e negava as coisas que você gostava só pra me agradar, mas vou confessar eu amava ouvir Restart e Manu Gavassi com você, era a hora mais feliz do meu dia, sem contar as inúmeras vezes que dançamos os passos do DH e choramos com ele assistindo ao DVD do CINE, confesso também que você sabia melhor as letras do que eu, haha.
Passei os melhores 10 anos da minha vida com você e nada do que vivemos vai se perder, tá tudo guardado aqui no meu coração. Sentir saudades não é nada. O ruim é saber que não há nada que eu possa fazer pra acabar com ela e te ter aqui de novo, mas mesmo assim quando a dor aperta é só eu lembrar do seu sorriso pra sorrir também e eu sei que a música sempre será nosso elo. Agora eu sei que você está em todo o lugar e eu ainda posso te sentir. Fique em paz, meu amor, e cuide de todos nós.
Joguei as palavras aqui e sei que deve ter ficado tudo muito confuso, mas me aliviou um pouco e, mudando o que disse no começo, esse não foi o meu adeus, foi só o até logo.


Com amor, Maria Eduarda Amorim.

sábado, 6 de agosto de 2011

Por toda a minha vida

Para a minha garotinha, meu anjo, o amor da minha vida!
Má, eu te amo muito!
Por favor, me espera e segure a minha mão quando eu chegar aí do outro lado da vida!

terça-feira, 26 de julho de 2011

Interior

Queria transmitir e traduzir para palavras tudo aquilo que eu sinto quando escuto uma música. Cada sensação, pensamento, delirio. Sinto medo, desespero, paz, amor, há sentimentos que nem ao menos sei nomeá-los. Mas são tão fortes e intensos. Me consome feito uma chama descontrolada. Sinto dentro de mim, uma sede insaciável de mudar as coisas, de finalmente agir e deixar de ser a pessoa que sempre espera. Não aguento mais esperar. Eu não aguento.

Paula Amorim

terça-feira, 12 de julho de 2011

Liberdade

Antes eu sentia amor, depois passei a sentir raiva e agora... não sinto mais nada.
É estranho, sempre fui envolvida por inúmeros sentimentos e agora, de repente, todos se foram. Lembro de nós dois e o que sinto é só indiferença. O passado não abala mais.
Foi essa ausência de sentimentos que me fez ficar meses sem escrever, meus textos eram sempre carregados de emoção, mas de uma hora para outra eu passei a me sentir vazia e confusa. Mas isso não foi ruim, eu precisava de um tempo pra mim, precisava me entender.
Agora eu encaro o amor de um jeito diferente.
Leio meus textos antigos e me pergunto como eu pude sentir tudo aquilo, como aguentei tanta dor?
Acho que é isso que se chama crescer.
Sim, eu cresci e percebi que não preciso mais viver por alguém e nem me desvalorizar para ser amada. Eu sei realmente quem se importa comigo e quem merece o meu amor, são umas poucas pessoas que eu chamo de amigos.
Cansei de amizades fúteis e sentimentalismo falso. Descobri que não preciso disso pra continuar escrevendo. Tenho coisas melhores para falar sobre, posso criar muita coisa boa e posso escrever histórias bonitas mesmo nunca tendo vivido-as. Através dos meus textos eu posso viajar, posso criar um mundo inteirinho meu.
É, a escrita ainda é a minha válvula de escape.
Hoje vivo por mim mesma e por quem eu amo. Aprendi a me respeitar e respeitar meus sentimentos. Cansei de desperdiçá-los com quem não merece.
E quer saber? Me sinto muito mais feliz assim, mas leve e livre. Voaria se eu tivesse asas.
Deixei o pessimismo e as tristezas de lado e percebi que a vida se torna muito mais fácil quando deixamos de ver o amor como um problema e passamos a dividi-lo com quem realmente merece. 
Vivo porque tenho vontade de viver e minha vida é importante demais para ser deixada em segundo plano.


Maria Eduarda Amorim

sábado, 9 de julho de 2011

Engessada

Uau! A que ponto eu e a Maria Eduarda chegamos... Junho foi um mês nulo em nosso blog! Escrevi tantos pensamentos, passei por tantas dificuldades nos últimos meses. São situações difíceis: algumas foram como pequenos espinhos que se infiltram no dedo indicador, outras já se mostraram mais pesadas, como um corte profundo na testa que precisou de seis pontos.
Porém, depois de tanto pensar e discutir comigo mesma, eu percebi uma coisa que talvez vocês gostariam de saber também. Não importa o tamanho do seu ferimento, ele vai ser estigmatizado. Pode levar pouco tempo ou um grande bocado, mas tenha certeza de que uma hora ou outra irá cicatrizar. E tenha consciência de que esse não será seu último machucado. Ao longo da vida, colecionaremos várias cicatrizes que representam tudo aquilo pelo que sofremos e vencemos. Essas marcas são maravilhosas: nos lembram de uma dor que não sentimos mais, porque tivemos o gosto da vitória.
Então, eu entendi que quando eu decidi parar de escrever por um tempo indeterminado, eu tinha quebrado a minha perna. Quando não escrevo é um grande sofrimento, pois tudo o que tenho dentro de mim começa a se acumular até ficar prestes a explodir e detonar tudo o que está ao meu redor. Minha terapia é escrever e expor para mim mesma tudo o que está dentro da minha mente e eu nem possuía conhecimento. Nesse mês de Junho, eu estava engessada, mas declaro a todos vocês que já tirei o gesso e posso andar em linhas curvas e assimétricas novamente.

Paula Amorim

High School

O colégio era bonito e grande, me perdi muitas vezes naquele labirinto de corredores. Já era a terceira semana de aula e eu ainda não tinha aprendido o caminho pra minha sala. Nos intervalos, eu costumava passear pelo prédio em busca de caminhos alternativos até o pátio ou ao banheiro, pois, como eu ainda não tinha amigos, essa era a minha diversão e, além disso, eu ganhava mais senso de direção.
Certo dia, num desses passeios, descobri um banco no pátio da onde eu conseguia enxergar o parquinho dos alunos da educação infantil. Hoje eu posso dizer que esse banco mudou minha vida!
Eu estava sentada observando as crianças brincarem e então senti uma nostalgia imensa da minha infância, era tudo tão simples quando minha única preocupação era me divertir...
Mas o tempo passa, voa e no ensino médio as coisas não são tão fáceis, ainda mais quando você é a aluna nova, numa cidade nova, ou seja, uma completa estranha para todos a sua volta. Me perdi em pensamentos e de repende senti uma mão em meu ombro, era alguém me avisando que o sinal já havia batido. Olhei pra cima para agradecer e então me deparei com o garoto mais lindo do mundo. Ele tinha cabelos castanhos, olhos verdes penetrantes, um nariz bem redondinho e um sorriso maravilhoso. Como eu não tinha notado esse deus grego antes? Bom, talvez seja pelo fato de ter uns cinquenta alunos na minha classe e bem, eu não sou dessas que reparam demais nas pessoas. Enfim, saí do transe e finamelmete consegui respoder um obrigada seguido de um sorriso sem graça, só então percebi que já não lembrava como voltar para a classe.
Num impulso eu me dirigi ao garoto mais uma vez e pedi sua ajuda, e com a maior graça do mundo, ele respondeu que seria um prazer me acompanhar.
No caminho para a classe eu descobri que seu nome: Matheus. Ele era o garoto mais amável que eu já havia conhecido, tinha uma conversa agradável e, meu Deus, o que era aquele sorriso... encantador.
Chegamos à sala, eu me desloquei para o meu lugar num canto afastado e ele foi para o dele que, por bondade do destino, não ficava muito longe do meu. Logo, não consegui mais prestar atenção na aula, podia admirá-lo a vida inteira. Bolei mil planos pra ter uma desculpa pra conversar com ele de novo e só acordei de meus devaneios quando o sinal tocou indicando o final da aula.
Pensei e chamá-lo para que me acompanhasse em um caminho novo até o portão que eu havia descoberto no dia anterior, mas antes que eu me aproximasse dele, uma loira linda e sexy se enrolou em seu pescoço o enchendo de beijos. Adeus, sonhos!
Juntei meu material e segui pelo caminho novo sozinha. Um nó se fechava em minha garganta.
Incontrolavelmente, lágrimas escorriam de meus olhos. Notei que estava perto do banco onde eu me sentara no intervalo. Parei ali pra enxugar o rosto.  Por que eu pensei que teria chances com ele? Era bom demais pra ser verdade.

CONTINUA...


Maria Eduarda Amorim

Freaking out

Mudanças, mudanças, mudanças... De uma hora para outra minha vida mudou completamente e eu ainda não acredito no que eu estou vivendo.
Dezoito anos, faculdade, sonhos e responsabilidade, muita responsabilidade. É difícil definir o que eu estou sentindo, é um misto de alegria, tristeza, confusão e saudade. Tive que desistir de alguns sonhos para realizar outros.
Já deixei tanta coisa pra trás... Amigos, família, desejos, abandonei tudo pra lutar por uma coisa maior: minha própria vida.
O futuro me assusta e eu tenho medo do amanhã. Muitas vezes acabo me sentindo sozinha e perdida, porque sou incompreendida e uma onda de má sorte me atinge.
Cada dia é uma nova surpresa e muitas delas não são boas, por isso preciso aprender a lidar com o que está me afetando ou não sei por quanto tempo vou sobreviver.
Mesmo assim, ainda guardo comigo alguns sonhos que me fazem querer lutar. Confiar neles é a minha motivação e eu não pretendo deixá-los pra trás.
Acredito que um dia tudo valerá a pena e vida voltará a sorrir pra mim.

Maria Eduarda Amorim

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Prisioneira (temporária)

Há momentos na vida que exigem muito de nós. Ficamos tão exaustos que chegamos a ponto de não ouvir o despertador no dia seguinte e acabar por perder a hora todo o dia. Então, surge aquele maravilhoso feriado em que você planeja dormir do começo ao fim. Mas quando você acorda na hora do almoço, fica com aquela sensação de que não fez nada e perdeu um dia da sua vida, porque ainda continua cansado. Portanto, qual é a solução?  A nossa alma é prisioneira do corpo. Somos impedidos quase sempre de agir da forma desejada devido as necessidades dessa carne mortal e desprezível.


Paula Amorim

segunda-feira, 30 de maio de 2011

segunda-feira passada

Aquele dia foi tão especial. Acordei com um frio na barriga e não podia acreditar que finalmente tinha chegado a hora. Tomei banho, vesti uma roupa especial para a ocasião. Sequei o cabelo e passei maquiagem. Deixe meus olhos bem demarcados do jeito que você gosta. Passei perfume e fiz uma oração. Em um instante, eu realizei que você era tudo aquilo que eu mais queria no mundo inteiro. O meu coração batia mais feliz, meus lábios sorriam sozinhos, meus olhos brilhavam cheios de amor. Eu me sentia tão completa, não me continha de tanta alegria. Eu teria a sua presença mais uma vez. Meu Deus, eu sou completamente apaixonada! Mas, quando eu te vi, não segurei a emoção e transbordei como uma represa. A espera foi tão longa. Meu calendário todo riscado, me dizia que aquele era o grande dia do reencontro. Meu relógio parecia parado, os ponteiros não andavam, apenas faziam barulho. Fiquei ali, em pé na calçada, pensando em você, imaginado como estaria lindo, curtindo toda a saudade que eu mataria logo em seguida e esperando você aparecer. Eu esperei e esperei e esperei. Ah, mais que demora! Meu coração gritava, precisava tanto te ver e ouvir cantar para mim. Então, eu te encontrei. Foi maravilhoso. Foi como respirar de novo, foi como ganhar asas e sair voando Brasil a fora. Eu perdi o senso da razão e não sentia mais nada. Apenas existia você ali comigo. Meus olhos ficaram borrados, mas você não se importou. Você parecia tão surreal! Estava mais perfeito do que eu me lembrava. Eu perdi a fala e não conseguia dizer nada do que eu havia planejado, a não ser implorar que você ficasse ali para sempre. Eu te amo tanto e ter você ali fez tão bem para mim. Eu exalava saudades. O tempo que ficamos juntos não foi o suficiente para derreter toda saudade que havia se acumulado dentro de mim. Você disse que me amava e sorriu, e essa foi a última imagem que guardei daquela noite fria, que foi aquecida por nossos corações apertados e aflitos. Eu segui você até o hotel, e me despedi te vendo entrar na garagem subterrânea.

Paula Amorim

quarta-feira, 4 de maio de 2011

e o que restam são saudades...

é tão horrível perceber que o tempo passou e já não é o mesmo. é péssimo ver que a sua vida não é mais a mesma de alguns meses ou anos atrás. tantas pessoas que eram essenciais antes, hoje são apenas fantasmas do passado, que não me deixam nada se não saudades. tantos lugares! quantos sentimentos, olhares e momentos! quantas vezes disse que não iria esquecer e que nunca iríamos nos separar e olha agora onde nós estamos. não te conheço mais direito... o ruim de viver é ter que deixar o tempo passar e a história se reinventar! queria tanto voltar no passado só para poder estar com você novamente, queria poder ter te preservado mais do meu lado, para que hoje ainda tivesse você aqui. queria ter dito mais vezes eu te amo. queria ter aproveitado mais o meu tempo fazendo coisas novas e passando meus dias com pessoas que eu tanto prezo. saudades, isso é a única coisa que resta! quando penso em toda a minha vida, o que me preenche por inteira é saudade. apenas saudades! e o que fazer com ela, se a mesma não é palpável? como livrar-se dela, se ao mesmo tempo que ela está, não está aqui? não há meios de matá-la, porque todas as vezes em que você não estiver aqui e eu me lembrar da nossa antiga vida, a saudade me abraçará e o meu coração cairá no poço da aflição.

Paula Amorim

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Essência

Sabe, estou cansada dessa rotina. Rotina que me consome dia após dia, semana seguida por semana. Não quero mais essa coisa certinha, correta que enquadra e emoldura a minha vida. Já falei que cansei! Quero fazer do previsível, um imprevisível. Preciso seguir um compasso descompassado que me mantenha viva pelo menos por hoje. Quero um desafio! Novas notas musicais agudas e graves, que façam do meu dia uma oscilação inconstante. Quero um céu nublado, domado pelo opacidade das nuvens. Não quero a lucidez por toda inteira. Apenas a sombra do sol. Quero o vento rangendo os galhos cheios de folhas das árvores velhas. Quero a chuva amarela que cobre e esconde a verde relva molhada pela umidade já seca. Desejo a vida como nunca a ansiei antes. Não quero tê-la, mas sim pertencê-la. Preciso do mar, do riso, do sangue, da chama, da alma, da loucura do meu desejo. Necessito viver por alguém e por alguma coisa. Quero viver por impulsos e por consequências não pagas. Quero sentir tudo aquilo que é intocável e imperceptível pelo resto da humanidade. Não quero ter seis sentidos, quero sete ou um milhão deles. Quero enxergar a beleza e a simplicidade até onde a visão não pode chegar. Desejo sentir as agulhas pontudas e profundas, feitas de gelo, perfurando e machucando as minhas veias. Quero a ardência fervendo do calor ascendente que cresce da mais pequena semente. Só quero viver do jeito que escrevo. Não falo e nem penso, apenas faço. As palavras escritas pela ponta do meu grafite simplesmente vão surgindo simultaneamente com o vazio da minha mente. Não escolho o conteúdo dos textos, não sei nem ao menos o que virá na próxima linha. Eu só sei que escrevo. E escrevendo, me acho e me encontro.

Pa Amorim

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Correio especial

  Querida Escrita,
 
  Peço desculpas. Sei que estou sendo injusta com você. Com uma aproximação tão rápida e natural, você se tornou a minha melhor amiga. Passei a compartilhar toda a minha vida: meus medos, meus desejos, meus pensamentos utópicos e bizarros. Obrigada por ter me suportado em momentos tão difíceis e por ter me proporcionado tantas alegrias. Conquistamos tantos admiradores juntas! Você é a base e eu, a porta voz. Se não fosse por você, talvez eu não fosse quem sou hoje. Assim como eu dependo de você, a senhora precisa de mim. Nossa relação é como um casamento. Somos subordinadas! Se não trabalharmos nisso sempre, o amor acaba e a papelada do divórcio chega para ser assinada.
  Por isso, te peço desculpas. Tenha paciência comigo. Sei que não te dou a devida atenção há alguns dias. Tenho certeza que está desesperada, porque eu também sinto esse desespero. Deve estar se sentindo abandonada aos trapos e farrapos, por favor, não sinta! Eu ainda penso em você todos os dias. Sinto sua falta, não sei como viver sem a sua presença. Então, me espere, pois algum dia eu voltarei para casa. Parece tolice te escrever, grande dona das palavras, mas eu sei que você lerá esta carta e me responderá do mesmo jeito que eu te escrevi. Como no nosso primeiro encontro!
 
  Me espere na próxima curva da vida,

  Paula Amorim, para sempre sua amante.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Crise de identidade

Para vivermos bem é necessário que saibamos nos relacionar com as pessoas que nos cercam, o que nem sempre é fácil. A convivência social pode ser muito importante para a construção do nosso caráter, entretanto, numa relação desarmônica, ela pode acabar deturpando nosso senso crítico.
“Não se pode ser feliz sozinho”- disse o poeta, e disse com razão; a interação desperta em nós os sentimentos e nos ensina a essência do amor, da vida e de nós mesmos. Acabamos nos espelhando nas pessoas que admiramos e a partir daí criamos a nossa própria identidade e damos sentido à nossa existência.
Já na Teoria do Bom Selvagem, Rosseau afirmava que a sociedade corrompe o indivíduo (que por si só nasce bom). Significa que a vida em sociedade também desperta em nós valores negativos. Nos submetemos aos que ditam verdades incontestáveis e perdemos nossa própria opinião. A “Idade das Trevas” e os governos totalitários são exemplos de que a alienação é o mal da convivência.
O segredo de conviver é saber aproveitar do próximo o que ele nos oferece de melhor sem deixar que as ideias alheias nos usurpem e nos causem uma crise de identidade. Isso exige tolerância, respeito, paciência e muito jogo de cintura, mas é um bom caminho para ganhar conhecimento e atingir uma vida plena.


Maria Eduarda Amorim, pagando de escritora :3

quinta-feira, 3 de março de 2011

Obsoleta

Ela nunca entendeu o porquê se envolveu em tudo aquilo. Ela nunca soube o que sentia por dentro. Ela não tinha noção como soava a sua voz ou de como era macio o seu toque. Ela nunca descobriu o porquê deixou-se levar pelos encantos sem mágica. Ela nunca compreendeu o que tanto havia dentro de seus olhos. Ela nunca achou qual era o feitiço que a prendia ali. Ela nunca entendeu o seu coração acelerado. Ela nunca soube o porquê de um amor tão amado. Ela não sabia por qual motivo não podia sair dali. Ela nunca entendeu nada. Apenas sentia sem compreender.
Mas, agora que o frio a envolvia e a solidão a preenchia completamente, a deixando inteiramente vazia, ela sabia. No momento presente, em que ela se via constantemente doente, com lágrimas escorrendo de seus olhos descontentes, com uma agonia persistente, que denunciava a ausência de seu coração pulsante, ela sabia.Agora ela entendia o que a sua voz secreta tanto dizia, gritava, berrava. Sua cabeça latejava, até doía. Ela sabia. Agora tudo fazia o mais perfeito sentido, como se a última peça de um grande quebra-cabeça fosse posta no todo. Ela sabia. Isso era tão forte. Como nunca havia notado tal importância. Seu corpo estava ativo, mas sua alma, obsoleta. Era amor. Sim, disso ela ganhou consciência. Por que? Porque após a longa distância, ela sabia que ele a mantinha viva!

Paula Amorim

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Trecho

Eu queria tanto que ele pronunciasse aquilo. Ansiava tanto por ouvir aquelas cinco letras saírem de sua boca. Imaginei inúmeras vezes de diferentes maneiras essa mesma cena:
    - Fique!, ele me dizia com lagrimas nos olhos.
    Eu fingia duvida quando na verdade já sabia que não sairia dali, e respondo meio confusa:
    - Eu não... não sei, eu...
    Ele, então, segurava a minha mão esquerda e levantava o meu queixo, para que não tivesse chances de desviar o meu olhar. Seus olhos eram suplicantes. Sabia que me amava, porque essa revelação estava estampada bem ali em suas profundezas escuras. Ele me puxava para mais perto, até alcançar a minha orelha e sussurrar:
    - Fique!
    Eu fechei os olhos e passei a acompanhar sua respiração descompassada que roçava o meu pescoço. Meu coração disparava e minhas pernas estavam bambas. Podia sentir o calor de seu corpo cedendo na minha pele macia. Eu estava prestes a ser beijada pelo homem que havia roubado o meu coração. E, no próximo segundo, era beijada graciosamente. 
Como disse, sonhei inúmeras vezes com esse momento, mas minhas expectativas foram quebradas como porcelana. Ele não disse essas palavras. 
Quer dizer, eu podia ver que seus olhos gritavam para que eu ficasse ali, mas por alguma razão as palavras não foram ditas. Eu insisti, já com lagrimas se formando nos meus olhos e uma imensa dor transbordando dentro do meu coração:
    - Tem alguma coisa que eu deveria saber? Digo, precisa me dizer alguma coisa?
    Ele apenas balançou a cabeça negativamente. Aquele gesto acabou com a minha compostura e não pude deixar que uma lagrima não escapasse. Senti-a escorrendo. Dei um leve sorriso e me despedi:
    - Bom... É, bom, então, se é assim... É melhor eu ir andando, porque preciso arrumar as malas e ainda tenho que viajar e arrumar a papelada da matricula...
    Senti que aquilo o torturava. Mas ele não falou a palavra magica. Acho que não me amava o suficiente para pronuncia-las. Acho que era suficientemente  indiferente a ponto de me deixar partir para mais de dezoito horas de viagem dali. Acho que não significava tanto assim. Acho que não se importava em não me ver ou ouvir a minha voz todos os dias. 
    Com muita tristeza e iludida pelo cupido estúpido, que havia flechado o meu coração e hipnotizado os meus olhos para aquilo que eu gostaria de enxergar, virei as costas e parti, deixando o choro inundar o meu rosto.  



Paula Amorim

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Cinco minutos

De repente me deu uma vontade incontrolavel de ir até aquele estádio. Correr dentre aquela multidão procurando por você. Porque vários rostos me observarão, mas o único olhar que acalmaria o meu coração seria o seu. Assim que eu te avistasse abriria o maior sorriso do mundo e correria o mais rápido do que minhas pernas pudessem aguentar, só para poder te tocar. Preciso do seu toque quente que aquece e derrete a minha pele gelada. Preciso escutar o seu coração acelerado encostada junto ao seu peito. Preciso segurar a sua mão mais uma vez e me convencer de que esse é o encaixe perfeito. Preciso olhar nos seus olhos pela milésima vez para sentir essa energia que passa de você pra mim em um fluxo perfeito, mas que eu não canso por nada desse mundo!


Paula Amorim

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Quer saber? Eu te odeio!

  Quer saber? Eu te odeio! Odeio por me fazer acreditar em você. Odeio por fazer com eu procure sempre os seus olhos. Odeio por sempre estar estampado nos meus pensamentos mais profundos e secretos. Odeio por estar morando no meu coração.
  Te odeio por sempre fazer com que eu mude todos os meus planos da semana e por me fazer esperar nos fins de semana. Te odeio por ser sempre tão educado e atencioso comigo. Odeio o seu jeito bobo perto de mim. Odeio sentir a sua presença no ambiente. Odeio saber que estamos separados por dois anos e uma parede. Odeio falar com você no telefone e ouvir a sua voz do outro lado da linha dizendo boa noite acompanhado do meu apelido preferido, ao invés de apenas dizer tchau sem ao menos mencionar o meu nome.
  Odeio o jeito como você me olha ou como pronuncia o meu nome.Odeio por sempre me deixar sem palavras. Odeio por adivinhar meus pensamentos. Odeio por sempre reparar nos mínimos detalhes da minha vida. Odeio por querer garantir que eu esteja sempre bem. Odeio quando você elogia coisas que eu odeio em mim mesma. Odeio quando você me deixa ter controle sobre tudo. Odeio como o seu cabelo é mais bonito do que o meu. Odeio por você deixar eu te humilhar. Odeio quando você me pede ajuda. Odeio mais ainda quando você fica todo sem jeito quando te pego em flagrante me observando.
  Odeio não estar com você todo o instante em que eu respiro. Odeio não poder acompanhar todos os seus movimentos. Odeio, odeio, odeio! Eu odeio tanto você e tantas coisas sobre você que eu poderia gastar páginas e mais páginas te odiando, mas isso não faria eu parar de te amar. Por isso, eu te odeio!

Paula Amorim

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Eu só preciso de tempo!

          t               t                          Eu só preciso de tempo! Mas ele não pode me esperar... Ele sempre tem
           e            e                         que estar na hora certa e no tempo presente. Nunca pode se atrasar ou se
            m       m                           adiantar. É apenas um pobre coitado que segue regras, não possui desejos.
               p   p                              Porém, quem define qual é a hora correta? Quem pode ter certeza se vive
                 o                                 realmente o presente? E se alguém estiver preso no passado ou vidrado no
                                                    futuro? Está errado?
                                                     E se não me sentir pronta para acompanhar o ritmo do tempo? Teria algo
                                                   de errado comigo? E se eu já não soubesse mais contar o tempo e me per
                                                   desse? E se eu tenho, como penso que tenho, vontade de parar o tempo?
                                                   É tão injusto isso... Eu só preciso de tempo!
                                                  
                                                     Paula Amorim

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Feelings

Expressar sentimentos é muito difícil, principalmente quando forçamos isso. A melhor coisa é deixar que eles se transformem naturalmente em palavras.
Reprimir os sentimentos nunca é uma coisa boa, porque um dia a gente se enche deles e explode, e acaba magoando todo mundo.
Palavras duras numa verdade sincera ferem muito menos do que palavras bonitas numa mentira inventada. Só é preciso saber diferenciar sinceridade de grosseria.
Quando os sentimentos virarem palavras, devemos deixar que elas cheguem aos olhos ou ouvidos de quem as proporcionou.
Nunca é tarde pra dizer 'eu te amo', 'eu sinto sua falta', 'me desculpe' ou 'sinto muito', desde que seja verdadeiro.
Muitas vezes isso é tudo o que alguém precisa ouvir pra voltar a ser feliz.


Maria Eduarda Amorim

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Looking for happiness

Viver... existe algo mais clichê que isso? 
Todo mundo vive. Vive e morre, todos os dias e sem motivos.
Mas só viver não faz sentido, o que realmente importa é pelo que vivemos.
Dia desses eu estava desiludida, me sentindo totalmente sozinha nesse mundo, não tinha por que  viver. 
Meus amigos estão partindo pra suas novas vidas, minha família é um caos e nenhum garoto sequer se interessou por mim um dia. 
Sabem como é, né, tenho 17 anos (quase 18) e nunca ter tido um namorado quando se tem 17 anos é praticamente um crime. Todo mundo diz isso.
Foi então que eu percebi que eu não penso como todo mundo. Aqui todo mundo escuta sertanejo, eu escuto McFLY e o meu coração às vezes; todo mundo adora uma balada, eu prefiro ficar em casa e ler um livro ou assistir um filme; todo mundo tem uma turma de amigos e/ou um namorado, eu nunca tive. E qual o problema nisso? Eu não gosto mesmo de baladas, de ficar bêbada, de dançar. Prefiro me sentar e conversar com alguém especial, talvez até tomar um drink leve, mas nada de exageros ou loucuras.
Eu não estou sozinha, só estou no lugar errado. Só preciso achar pessoas que se identifiquem comigo, afinal, eu não sou nenhuma aberração.
Pensando nisso e descobri por que ainda não tentei o suicídio, eu vivo em busca desse tipo de pessoa, vivo em busca de felicidade, da minha felicidade. Soa clichê, não? Mas isso sim é verdade.
Minha família pode não ser perfeita, mas eu sei que eles fariam tido por mim; eu não tenho amigos por aqui, mas os que moram longe me entendem e me fazem um pouco mais feliz por existirem, e acima de tudo eu tenho o dom da vida; preciso de mais o que? Como diria Clarice: viver ultrapassa qualquer entendimento.
Eu tenho certeza que o destino reserva algo bom pra mim.
E você, já descobriu pelo que vive?


Maria Eduarda Amorim

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

I realized it (:

Sabe, eu queria seguir alguma profissão na qual eu pudesse ajudar o mundo tão necessitado em que o homem vive hoje. Não queria trabalhar com coisas fúteis, queria fazer críticas e ser uma pessoa séria que não brinca em serviço. Mas agora eu finalmente consegui entender e compreender o que os assuntos considerados "fúteis" pela maioria da população significam. Todas as noites eu escuto música pra dormir. Se estou no carro ou dentro de casa preciso de uma trilha sonora pra completar a dinâmica do meu dia. As vezes, tenho vontade de assistir um filme pra dar risada ou sonhar ou chorar ou refletir um pouco apenas comigo mesma, na minha mente. E a arte é isso. Ela pode ser qualquer coisa menos futilidade ou perda de tempo. A arte é o tempero da vida! É ela que faz a vida ser mais gostosa. Eu me deixava levar pelo pensamento da maioria das pessoas: "Esse curso deveria ser apenas um hobby, como você é metida, vai fazer outra coisa pra que você vai fazer isso? Que perda de tempo!" Apesar de todas essas abobrinhas que tentavam enfiar na minha cabeça, eu já estava decidida! Nada e ninguém conseguiam mudar a minha opinião, mas mesmo assim ficava triste pensando em como ajudaria as pessoas fazendo cinema. Porém, hoje encontrei todas as respostas. Eu estaria fazendo o que amo fazer. Cinema é tão certo como respirar pra mim. É tão apropriado como o sol nasce no leste e se põe no oeste. Eu estaria ajudando sim. Estarei ajudando um mundo necessitado. Um mundo necessitado de cor, de sabor e de sonhos. E eu levaria o ingrediente principal: o ingresso (fé e esperança).

Paula Amorim

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

inacabado

  E eu sai em desparada daquela casa. Corria mais do que minhas pernas podiam aguentar, mesmo com aqueles trajes de festas ( uma saia preta e curta combinada com um meia calca toda rasgada e minhas sandálias novas de salto alto da Juice) e todos os postes de luzes refletirem o brilho da minha blusa coberta de paetês, atravessei toda a avenida como se nunca mais fosse parar. Confesso que sentia os meus longos brincos dourados pesaram nas minhas orelhas e todas aquelas pulseiras que usava faziam um barulho que mantinha o meu ritmo constante. O meu cabelo batia contra o meu rosto e isso me irritava. Com a maquiagem toda borrada, meus olhos não paravam de escorrer lagrimas tingidas pelo meu lápis preto e quando já me encontrava distante o suficiente daquele lugar horroso, trombei em um pessoa. A principio, não a identifiquei, pois estava com os olhos embaçados, apenas um único poste ilumina aquele lugar, mas ainda era possível enxergar o seu rosto devido a quantidade de carros que ainda circulava na rua naquela hora. Então, eu encontrei os olhos assustados e ouvi a única voz que me traria paz naquele momento:                                         
  - Mel? O que você esta fazendo aqui? Esta tudo?                                            
  E não houve tempo para ele terminar suas perguntas, pois após ter se levantado eu já havido o agarrado e a única coisa que pude dizer foi para ele me tirar dali. Assim que ele retribuiu meu abraço comecei a chorar ainda mais, porém eu me senti tão segura envolvida em seus braços. Percebendo que eu não falaria mais nada, ele resolveu falar:                                       
  - Shh, Mel! Calma, eu estou aqui com você e nada, nem ninguém vai te fazer mal... você esta pálida feito um fantasma.                                                    
  Nesse momento ele me abraçou mais forte, e eu fechei meus olhos com força, já sentindo as lagrimas secarem. Realmente eu deveria estar pálida feito um fantasma ainda mais com o meu batom avermelhado. Não queria me desfazer daqueles braços fortes e quentes que me protegiam, mas sentia a necessidade de olhar nos seus olhos, mesmo assim ele não me soltou, estava me segurando pelos lados:                     
  - Me desculpe... não queria te assustar Rafael! Mas é que... (senti as lagrimas voltando) só me tira daqui, por favor?!      
  - Vou te levar para casa, vamos?        
  Ele tentou me conduzir até o carro, mas não me movi nem um centímetro. Com uma expressão de duvida, Rafael franziu sua testa e balançou os ombros, então eu tive que me explicar, antes que fosse taxada como louca por aquele pecado da humanidade:                         
  - Não posso ir para casa! Quer dizer, meus pais estão viajando e supostamente deveria dormir na cada da Mari, mas não posso aparecer lá desse jeito... não queria deixar ninguém preocupado por minha causa a toa, se é que você me entende?                           
  Ele pensou por um momento e disse:       
  - É. Uma pessoa preocupada com você já deve ser o suficiente. Entra no carro! Você pode ficar em casa essa noite. Meus pais não estão em casa também.   
  Após ouvir aquelas palavras da boca do cara mais lindo do meu pequeno e insignificante universo, poderia jurar que me derreti, pois já não sentia mais as minhas pernas. Rafael Torres estava preocupado com minha sanidade mental e Rafael Torres me levaria para a sua casa por uma noite. Entrei no carro e fiquei calada perdida em pensamentos. Achei muito generoso da parte de Rafael me deixar quieta e não me interrogar mais, pelo menos por aquele momento.                                           
  Eu e o Rafa ( nunca vou chamá-ló assim) não somos do mesmo grupo de amigos. Eu sou do grupo dos nerds descolados, apesar de não falar muito durante as aulas, gosto de conversar com todo mundo. O Rafael faz parte do grupo que se acha o dono do pedaço (mas já percebi que ele não tem uma participação muito ativa no grupo), mesmo assim ele trata todos com respeito e é um ótimo aluno. Nós somos do grupo de teatro da escola, então todas terças e quintas a tarde nos vemos para ensaiar as peças semestrais. Lógico que por ser muito bonito e ter um charme inconfundivel, ele atua os papeis principais e como sou extremamente tímida, cuido da parte do roteiro. Excepcionalmente nesses dois dias nós somos amigos. Mas bons amigos. Temos muito em comum, passamos horas conversando e dando risada, porém a partir do momento que deixamos o teatro é como se não nos conhecessemos. Fiquei surpresa por minha reação um pouco mais cedo no estacionamento e como ele reagiu a tudo aquilo. Está bem, Mel admita que o seu coração balança mais rapido toda vez que fala com ele e você fica nervosa quando ele te olha nos olhos por muito tempo. Talvez, eu goste dele...                                   
  Foi quando voltei ao lugar em que me encontrava: no carro, ao lado de Rafael Torres. Fui atraída pela trilha sonora que guiava o nosso caminho: estava tocando Bon Jovi. Não estava acreditando, ele sempre me criticou por gostar de Bon Jovi. Não poderia perder a chance de intimidá-lo.       
 - Uau! Quem é que se esconde atras de uma mascara agora?                             

 - O que foi Mel? Desculpe não prestei atenção...                                          
 - A música! Quer dizer, isso é Bon Jovi! Você sempre falou que não gostava do som e agora eu descubro que você tem um cd dele? Hum, não é muito coerente. 
 - Para sua informação, este cd é da minha mãe e ela esqueceu aqui no meu carro... Não gosto de Bon Jovi! Tem coisa muito melhor do que isso!             
  Depois dessa tentativa de diálogo frustante, fomos sem falar uma única palavra durante todo o caminho até a casa do Rafael. Pela minha visão periférica, percebi que ele me observava toda vez que tinha a chance. Ele parou o carro em uma garagem de uma casa enorme.                                                
  - Nossa! Rafael você mora aqui? Nessa casa enorme, você é muito rico... Não que isso me importasse!
  Rafael riu por causa da minha surpresa, mas logo em seguida abriu a porta do carro para mim sair e disse: 
  - Senhorita Delarte! Por favor, me acompanhe. ( ele abriu o sorrido mais bonito que eu já tinha visto).                    
  Ele abriu a porta da casa e realmente não havia uma única pessoa ali. Entrei e fui logo em direção ao piano de cauda, os detalhes maravilhosos da casa pouco me chamaram atenção. A única coisa que eu queria era tocar aquele piano maravilhoso, mas Rafa me impediu segurando minhas mãos. Olhei para aqueles olhos azuis e não tive como retrucar:                                          
  - Depois. Depois você toca. Agora você vai tomar um banho e vou te dar alguma coisa mais confortável para vestir...                                            
 Já subindo a escada, me guiando pela mão, ele me examinou da cabeça aos pés, e tenho certeza que fiquei com as buchechas vermelhas.                           
 - Não que você esteja feia. Na verdade, você está muito gata essa noite! Garanto que se aparecesse assim no grupo de teatro, conseguiria o papel principal e vários admiradores...               
 Então ele piscou para mim e entramos em um quarto. Precisava sentar se não eu desmaiaria ali mesmo. Seduzir uma garota daquele jeito deveria ser proibido.                                      
 - Mel, você se importaria se eu te emprestar minhas roupas mesmo? Não queria pegar as coisas da minha irmã... Ela fica uma fera! E acho que as roupas de um menina de 13 anos não vão servir muito bem em uma garota de 17 anos, mesmo que ela tenha apenas 1,59 como você....  
  Ok, estava sentada na cama dele, onde ele dormia. Estava no quarto dele. Apenas eu e ele. Naquela casa. Fiquei tão nervosa que nem liguei pela provocação sobre a minha altura.    
  - Hum, tanto faz.  
  - Bom, então vou te levar até o quarto de hospedes para você ficar mais a vontade. Enquanto isso vou preparar alguma coisa pra gente comer. Pode ser Mel?
  Rafael Torres sabia cozinhar? Fiquei impressionada!
  - Tá legal, mas só se eu fizer a sobremesa!     
  - Fechado (e abriu um sorriso de tirar o fôlego).
  Quando entrei no banheiro e me olhei no espelho queria me matar, porque minha maquiagem estava horrível, meu rosto parecia desfigurado. Tomei o banho mais relaxante de toda a minha vida e as roupas que ele me emprestou exalavam o seu cheiro estonteante.
  Das escadas já era possível sentir o aroma da comida: macarronada. Entrei na cozinha sem me anunciar e peguei ele de surpresa, porque estava super concentrado finalizando o molho.  
  - Quer alguma ajuda? Ou melhor, nem deveria estar aqui... Não estou estragando a sua noite? Você não tinha uma programação?  
  Ele não respondeu nenhuma das minhas perguntas, ao invés disso, apontou uma colher de molho na minha boca:
  - Prove. Veja se você gosta ou não.
  Eu provei.
  - Um pouquinho mais de sal? Talvez?
  Ele colocou mais sal e mais algum daqueles temperos verdes que parecem todos iguais, mas só quem cozinha sabe que são completamente diferentes.
  - Perfeito! Vamos para a mesa por favor. Por aqui!



Paula Amorim

domingo, 9 de janeiro de 2011

Life's a bitch so are you!

Eu sempre ouvia em filmes que o amor não é suficiente. Eu nunca entendia. Mas hoje você me fez entender. Eu faço questão de te ter do meu lado pro resto da vida, porque eu te amo muito, mas ate que ponto você deseja isso também?Eu honestamente não sei a resposta. Sabe, se os dois lados da corda não cooperarem, não tem como isso dar certo! Porém, eu sou teimosa e egoísta o suficiente pra continuar puxando a corda que nos liga, porque EU preciso de você na minha vida, mesmo com todas as mentiras e reclamações. Queria que você escutasse a música Sorry da Madonna e prestasse atenção na letra e se possível escutasse as músicas do Delittus. Caso escute as musicas talvez você sofra um pouco ou bastante, mas saiba que o que eu sinto é mil vezes pior. Não há nada mais torturoso do que não sentir. Eu sinto um vazio enorme dentro do meu coração. Exatamente o que escrevi naquele texto que você roubou e não me devolveu ate hoje. E eu te suplico que me devolva, preciso dele. Um beijo de quem te ama!

Paula Amorim
para Junior

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

MÃE

Há quase 18 anos atrás você me deu o melhor presente que eu poderia receber: a vida. E eu nem sei como te agradecer por isso. Eu queria ser a melhor filha do mundo pra você sempre ter orgulho de mim, mas eu sei que tenho muitos defeitos. Eu sei que eu te devo atenção e eu deveria demonstrar mais meus sentimentos por você, mas acontece que quanto mais eu gosto da pessoa, mais difícil é falar dela. Bom, vou tentar.
Como eu sempre te digo, a gente deve ter sido trocada na hora do parto, muitas vezes eu sinto como se eu fosse sua mãe, quero sempre te proteger e muitas vezes acabo te magoando por causa do meu ciúmes, me desculpe. Me desculpe por todas as vezes que eu te fiz chorar e se sentir mal, você não merecia.
Talvez você não seja mãe perfeitinha que aparece nos filmes, que tem os filhos perfeitos e a família perfeita , mas nossa família nunca seguiu mesmo o padrão das outras famílias, não é? E por mais que eu queira que você seja uma mãe mais 'normal', você nunca vai ser, mas você é especial por ser assim, são seus defeitos que me fazem gostar ainda mais de você. Eu só preciso aprender a aceitá-los e a lidar com as nossas diferenças. Preciso confiar mais em você e parar de dar trela pra o que os outros dizem.
Você é incrível, e eu não me imagino sendo filha de outra pessoa. Você gosta de mim do jeito que eu sou, nunca me pediu pra mudar e não me recrimina.
Obrigada por todos os momentos juntas, obrigada por correr atrás dos meus sonhos e sonhar comigo e obrigada por ter me levado ao show do McFLY, que outra mãe faria isso? Acho que nenhuma.
Espero um dia ser metade do que você é, ter metade da sua coragem e da sua força, você é o meu maior orgulho.
Mãe, eu te amo demais, gostaria de ter conseguido por no 'papel' todos os meus sentimentos por você, mas é difícil resumir em palavras o amor que eu sinto por você. Nunca se esqueça que eu te amo mais do que tudo, mais do que meus amigos da internet e dos caras da banda, até mesmo mais do que eu o Dougie, haha.
Ainda vou escrever um livro dedicado a você, contando todas as nossas aventuras.
Eu estou longe me ser a melhor filha do mundo, mas pra mim você é a melhor mãe de todas.
Eu te amo.

Maria Eduarda Amorim, filha de Ana Carla Pereira, com muito orgulho.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Arco-íris

É incrível como esquecemos que a mágica existe depois que deixamos de ser crianças. Quando somos pequenos, nos encantamos com tudo, mas depois de alguns anos perdemos essa sensibilidade e inocência e vivemos ignorando que a magia nos cerca.
Andei lendo Harry Potter e, não que eu acredite naquele mundo mágico fantástico que a J. K. Rowling criou, mas creio numa mágica mais sutil, que move nossas vidas.
Hoje quando acordei o tempo estava nublado e chuvoso, pensei que me depararia com um tempo fechado o dia todo, e pensei 'Puxa vida sempre está ou muito calor ou muito frio e chuvoso, porque eu não posso ter um dia agradável, talvez até com um arco-íris? Já deve fazer mais de um ano que eu não vejo um..'; então segui meu dia emburrada, ainda mais quando depois o sol se abriu e trouxe um calor infernal.
Quando finalmente eu parei de reclamar e resolvi dar uma volta, o destino me trouxe um presente: uma garoa fininha e fresca começou a cair e em poucos minutos um belo arco-íris se formou. Foi a coisa mais linda que eu já vi. Não era apenas um pedaço de arco como os que eu estava acostumada a ver as vezes, o arco estava completo e cobria toda a cidade, como num sonho.
Foi então que eu notei que a mágica está presente nas coisas mais simples, mas eu não percebia. Precisei ver um arco-íris se formando diante dos meus olhos pra perceber isso, mas a mágica se encontra em cada sorriso, no sopro do vento, no brilho da lua e das estrelas na noite escura, na vôo dos pássaros e borboletas, e em cada coração feliz ou aflito. Ela é como a brisa que move a água do rio e as folhas das árvores, mas ela move nossos sentimentos e quando acreditamos que ela existe, a vida se torna muito mais bela e descomplicada.
Deixo à vocês o presente que eu recebi hoje, espero que ele também toque seus corações assim como tocou o meu.



Maria Eduarda Amorim

Pleonasmo

Juro que nunca presenciei em toda a minha vida um céu tão lindo e cheio de estrelas como hoje, exceto a noite em que vi uma estrela cadente. Viajando sozinha pela estrada dura e de superfície instável durante uma noite completamente escura e fria, mas que traz consigo vários pontos brilhantes. Eu olho para essa imensidão misteriosa e penso em você. Onde será que você está? O que você anda fazendo? Você tem pensado em mim constantemente? Sente a minha falta como eu sinto a sua? Eu não tenho essas respostas. Logo  percebo que você é como o céu. Olho e observo, mas ao mesmo tempo que tudo enxergo, nada vejo. Não sei o que o céu é ou o que ele tanto esconde acima de sua superfície. Apenas sei que eu gosto disso. Me sinto bem e amada, pois ele me rodeia por todos os lados como se fosse um prazer estar na minha companhia e adorasse compartilhar esse momento. É como se ele gostasse de acompanhar os meus movimentos e brilhasse tantas estrelas ao mesmo tempo, porque o seu coração está batendo mais rápido. Eu te amo de tal maneira que se pudesse eu adormeceria toda noite sob a luz do luar só para poder te apreciar. Assim, fico aqui perdida dentro dessa atmosfera envolvente e estonteante.


Paula Amorim