Quem sou eu

Escrever alguma coisa não é simples como parece. Um texto que através de palavras, passe emoções e sentidos, exige sentimentos. Não tem hora ou lugar para se escrever. O segredo da escrita é colocar no papel o que seu coração te diz. Nunca deixe de ouvi-lo, porque quando um coração fala você é capaz de escrever palavras que nunca poderia imaginar. O melhor de escrever é provocar a reação final no leitor. Começar um blog é extremamente monstruoso. Parece um bicho de sete cabeças! Mas, nós duas estamos aqui para desvendar esse desconhecido. Por favor, se alguém quiser ler sobre algo, dê a sugestão. Quem sabe não vira um texto interessante? Deixem comentários nos textos que gostarem e também nos que não gostarem. Não é só de elogios que o homem progride, precisamos de críticas! O blog “Weird and Greasy” nasceu para suas autoras expressarem seus sentimentos e provocarem emoções em seus leitores. Esperamos, sinceramente, que todos gostem e se identifiquem com pelo menos um texto. Aproveitem!

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Feelings

Expressar sentimentos é muito difícil, principalmente quando forçamos isso. A melhor coisa é deixar que eles se transformem naturalmente em palavras.
Reprimir os sentimentos nunca é uma coisa boa, porque um dia a gente se enche deles e explode, e acaba magoando todo mundo.
Palavras duras numa verdade sincera ferem muito menos do que palavras bonitas numa mentira inventada. Só é preciso saber diferenciar sinceridade de grosseria.
Quando os sentimentos virarem palavras, devemos deixar que elas cheguem aos olhos ou ouvidos de quem as proporcionou.
Nunca é tarde pra dizer 'eu te amo', 'eu sinto sua falta', 'me desculpe' ou 'sinto muito', desde que seja verdadeiro.
Muitas vezes isso é tudo o que alguém precisa ouvir pra voltar a ser feliz.


Maria Eduarda Amorim

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Looking for happiness

Viver... existe algo mais clichê que isso? 
Todo mundo vive. Vive e morre, todos os dias e sem motivos.
Mas só viver não faz sentido, o que realmente importa é pelo que vivemos.
Dia desses eu estava desiludida, me sentindo totalmente sozinha nesse mundo, não tinha por que  viver. 
Meus amigos estão partindo pra suas novas vidas, minha família é um caos e nenhum garoto sequer se interessou por mim um dia. 
Sabem como é, né, tenho 17 anos (quase 18) e nunca ter tido um namorado quando se tem 17 anos é praticamente um crime. Todo mundo diz isso.
Foi então que eu percebi que eu não penso como todo mundo. Aqui todo mundo escuta sertanejo, eu escuto McFLY e o meu coração às vezes; todo mundo adora uma balada, eu prefiro ficar em casa e ler um livro ou assistir um filme; todo mundo tem uma turma de amigos e/ou um namorado, eu nunca tive. E qual o problema nisso? Eu não gosto mesmo de baladas, de ficar bêbada, de dançar. Prefiro me sentar e conversar com alguém especial, talvez até tomar um drink leve, mas nada de exageros ou loucuras.
Eu não estou sozinha, só estou no lugar errado. Só preciso achar pessoas que se identifiquem comigo, afinal, eu não sou nenhuma aberração.
Pensando nisso e descobri por que ainda não tentei o suicídio, eu vivo em busca desse tipo de pessoa, vivo em busca de felicidade, da minha felicidade. Soa clichê, não? Mas isso sim é verdade.
Minha família pode não ser perfeita, mas eu sei que eles fariam tido por mim; eu não tenho amigos por aqui, mas os que moram longe me entendem e me fazem um pouco mais feliz por existirem, e acima de tudo eu tenho o dom da vida; preciso de mais o que? Como diria Clarice: viver ultrapassa qualquer entendimento.
Eu tenho certeza que o destino reserva algo bom pra mim.
E você, já descobriu pelo que vive?


Maria Eduarda Amorim

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

I realized it (:

Sabe, eu queria seguir alguma profissão na qual eu pudesse ajudar o mundo tão necessitado em que o homem vive hoje. Não queria trabalhar com coisas fúteis, queria fazer críticas e ser uma pessoa séria que não brinca em serviço. Mas agora eu finalmente consegui entender e compreender o que os assuntos considerados "fúteis" pela maioria da população significam. Todas as noites eu escuto música pra dormir. Se estou no carro ou dentro de casa preciso de uma trilha sonora pra completar a dinâmica do meu dia. As vezes, tenho vontade de assistir um filme pra dar risada ou sonhar ou chorar ou refletir um pouco apenas comigo mesma, na minha mente. E a arte é isso. Ela pode ser qualquer coisa menos futilidade ou perda de tempo. A arte é o tempero da vida! É ela que faz a vida ser mais gostosa. Eu me deixava levar pelo pensamento da maioria das pessoas: "Esse curso deveria ser apenas um hobby, como você é metida, vai fazer outra coisa pra que você vai fazer isso? Que perda de tempo!" Apesar de todas essas abobrinhas que tentavam enfiar na minha cabeça, eu já estava decidida! Nada e ninguém conseguiam mudar a minha opinião, mas mesmo assim ficava triste pensando em como ajudaria as pessoas fazendo cinema. Porém, hoje encontrei todas as respostas. Eu estaria fazendo o que amo fazer. Cinema é tão certo como respirar pra mim. É tão apropriado como o sol nasce no leste e se põe no oeste. Eu estaria ajudando sim. Estarei ajudando um mundo necessitado. Um mundo necessitado de cor, de sabor e de sonhos. E eu levaria o ingrediente principal: o ingresso (fé e esperança).

Paula Amorim

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

inacabado

  E eu sai em desparada daquela casa. Corria mais do que minhas pernas podiam aguentar, mesmo com aqueles trajes de festas ( uma saia preta e curta combinada com um meia calca toda rasgada e minhas sandálias novas de salto alto da Juice) e todos os postes de luzes refletirem o brilho da minha blusa coberta de paetês, atravessei toda a avenida como se nunca mais fosse parar. Confesso que sentia os meus longos brincos dourados pesaram nas minhas orelhas e todas aquelas pulseiras que usava faziam um barulho que mantinha o meu ritmo constante. O meu cabelo batia contra o meu rosto e isso me irritava. Com a maquiagem toda borrada, meus olhos não paravam de escorrer lagrimas tingidas pelo meu lápis preto e quando já me encontrava distante o suficiente daquele lugar horroso, trombei em um pessoa. A principio, não a identifiquei, pois estava com os olhos embaçados, apenas um único poste ilumina aquele lugar, mas ainda era possível enxergar o seu rosto devido a quantidade de carros que ainda circulava na rua naquela hora. Então, eu encontrei os olhos assustados e ouvi a única voz que me traria paz naquele momento:                                         
  - Mel? O que você esta fazendo aqui? Esta tudo?                                            
  E não houve tempo para ele terminar suas perguntas, pois após ter se levantado eu já havido o agarrado e a única coisa que pude dizer foi para ele me tirar dali. Assim que ele retribuiu meu abraço comecei a chorar ainda mais, porém eu me senti tão segura envolvida em seus braços. Percebendo que eu não falaria mais nada, ele resolveu falar:                                       
  - Shh, Mel! Calma, eu estou aqui com você e nada, nem ninguém vai te fazer mal... você esta pálida feito um fantasma.                                                    
  Nesse momento ele me abraçou mais forte, e eu fechei meus olhos com força, já sentindo as lagrimas secarem. Realmente eu deveria estar pálida feito um fantasma ainda mais com o meu batom avermelhado. Não queria me desfazer daqueles braços fortes e quentes que me protegiam, mas sentia a necessidade de olhar nos seus olhos, mesmo assim ele não me soltou, estava me segurando pelos lados:                     
  - Me desculpe... não queria te assustar Rafael! Mas é que... (senti as lagrimas voltando) só me tira daqui, por favor?!      
  - Vou te levar para casa, vamos?        
  Ele tentou me conduzir até o carro, mas não me movi nem um centímetro. Com uma expressão de duvida, Rafael franziu sua testa e balançou os ombros, então eu tive que me explicar, antes que fosse taxada como louca por aquele pecado da humanidade:                         
  - Não posso ir para casa! Quer dizer, meus pais estão viajando e supostamente deveria dormir na cada da Mari, mas não posso aparecer lá desse jeito... não queria deixar ninguém preocupado por minha causa a toa, se é que você me entende?                           
  Ele pensou por um momento e disse:       
  - É. Uma pessoa preocupada com você já deve ser o suficiente. Entra no carro! Você pode ficar em casa essa noite. Meus pais não estão em casa também.   
  Após ouvir aquelas palavras da boca do cara mais lindo do meu pequeno e insignificante universo, poderia jurar que me derreti, pois já não sentia mais as minhas pernas. Rafael Torres estava preocupado com minha sanidade mental e Rafael Torres me levaria para a sua casa por uma noite. Entrei no carro e fiquei calada perdida em pensamentos. Achei muito generoso da parte de Rafael me deixar quieta e não me interrogar mais, pelo menos por aquele momento.                                           
  Eu e o Rafa ( nunca vou chamá-ló assim) não somos do mesmo grupo de amigos. Eu sou do grupo dos nerds descolados, apesar de não falar muito durante as aulas, gosto de conversar com todo mundo. O Rafael faz parte do grupo que se acha o dono do pedaço (mas já percebi que ele não tem uma participação muito ativa no grupo), mesmo assim ele trata todos com respeito e é um ótimo aluno. Nós somos do grupo de teatro da escola, então todas terças e quintas a tarde nos vemos para ensaiar as peças semestrais. Lógico que por ser muito bonito e ter um charme inconfundivel, ele atua os papeis principais e como sou extremamente tímida, cuido da parte do roteiro. Excepcionalmente nesses dois dias nós somos amigos. Mas bons amigos. Temos muito em comum, passamos horas conversando e dando risada, porém a partir do momento que deixamos o teatro é como se não nos conhecessemos. Fiquei surpresa por minha reação um pouco mais cedo no estacionamento e como ele reagiu a tudo aquilo. Está bem, Mel admita que o seu coração balança mais rapido toda vez que fala com ele e você fica nervosa quando ele te olha nos olhos por muito tempo. Talvez, eu goste dele...                                   
  Foi quando voltei ao lugar em que me encontrava: no carro, ao lado de Rafael Torres. Fui atraída pela trilha sonora que guiava o nosso caminho: estava tocando Bon Jovi. Não estava acreditando, ele sempre me criticou por gostar de Bon Jovi. Não poderia perder a chance de intimidá-lo.       
 - Uau! Quem é que se esconde atras de uma mascara agora?                             

 - O que foi Mel? Desculpe não prestei atenção...                                          
 - A música! Quer dizer, isso é Bon Jovi! Você sempre falou que não gostava do som e agora eu descubro que você tem um cd dele? Hum, não é muito coerente. 
 - Para sua informação, este cd é da minha mãe e ela esqueceu aqui no meu carro... Não gosto de Bon Jovi! Tem coisa muito melhor do que isso!             
  Depois dessa tentativa de diálogo frustante, fomos sem falar uma única palavra durante todo o caminho até a casa do Rafael. Pela minha visão periférica, percebi que ele me observava toda vez que tinha a chance. Ele parou o carro em uma garagem de uma casa enorme.                                                
  - Nossa! Rafael você mora aqui? Nessa casa enorme, você é muito rico... Não que isso me importasse!
  Rafael riu por causa da minha surpresa, mas logo em seguida abriu a porta do carro para mim sair e disse: 
  - Senhorita Delarte! Por favor, me acompanhe. ( ele abriu o sorrido mais bonito que eu já tinha visto).                    
  Ele abriu a porta da casa e realmente não havia uma única pessoa ali. Entrei e fui logo em direção ao piano de cauda, os detalhes maravilhosos da casa pouco me chamaram atenção. A única coisa que eu queria era tocar aquele piano maravilhoso, mas Rafa me impediu segurando minhas mãos. Olhei para aqueles olhos azuis e não tive como retrucar:                                          
  - Depois. Depois você toca. Agora você vai tomar um banho e vou te dar alguma coisa mais confortável para vestir...                                            
 Já subindo a escada, me guiando pela mão, ele me examinou da cabeça aos pés, e tenho certeza que fiquei com as buchechas vermelhas.                           
 - Não que você esteja feia. Na verdade, você está muito gata essa noite! Garanto que se aparecesse assim no grupo de teatro, conseguiria o papel principal e vários admiradores...               
 Então ele piscou para mim e entramos em um quarto. Precisava sentar se não eu desmaiaria ali mesmo. Seduzir uma garota daquele jeito deveria ser proibido.                                      
 - Mel, você se importaria se eu te emprestar minhas roupas mesmo? Não queria pegar as coisas da minha irmã... Ela fica uma fera! E acho que as roupas de um menina de 13 anos não vão servir muito bem em uma garota de 17 anos, mesmo que ela tenha apenas 1,59 como você....  
  Ok, estava sentada na cama dele, onde ele dormia. Estava no quarto dele. Apenas eu e ele. Naquela casa. Fiquei tão nervosa que nem liguei pela provocação sobre a minha altura.    
  - Hum, tanto faz.  
  - Bom, então vou te levar até o quarto de hospedes para você ficar mais a vontade. Enquanto isso vou preparar alguma coisa pra gente comer. Pode ser Mel?
  Rafael Torres sabia cozinhar? Fiquei impressionada!
  - Tá legal, mas só se eu fizer a sobremesa!     
  - Fechado (e abriu um sorriso de tirar o fôlego).
  Quando entrei no banheiro e me olhei no espelho queria me matar, porque minha maquiagem estava horrível, meu rosto parecia desfigurado. Tomei o banho mais relaxante de toda a minha vida e as roupas que ele me emprestou exalavam o seu cheiro estonteante.
  Das escadas já era possível sentir o aroma da comida: macarronada. Entrei na cozinha sem me anunciar e peguei ele de surpresa, porque estava super concentrado finalizando o molho.  
  - Quer alguma ajuda? Ou melhor, nem deveria estar aqui... Não estou estragando a sua noite? Você não tinha uma programação?  
  Ele não respondeu nenhuma das minhas perguntas, ao invés disso, apontou uma colher de molho na minha boca:
  - Prove. Veja se você gosta ou não.
  Eu provei.
  - Um pouquinho mais de sal? Talvez?
  Ele colocou mais sal e mais algum daqueles temperos verdes que parecem todos iguais, mas só quem cozinha sabe que são completamente diferentes.
  - Perfeito! Vamos para a mesa por favor. Por aqui!



Paula Amorim

domingo, 9 de janeiro de 2011

Life's a bitch so are you!

Eu sempre ouvia em filmes que o amor não é suficiente. Eu nunca entendia. Mas hoje você me fez entender. Eu faço questão de te ter do meu lado pro resto da vida, porque eu te amo muito, mas ate que ponto você deseja isso também?Eu honestamente não sei a resposta. Sabe, se os dois lados da corda não cooperarem, não tem como isso dar certo! Porém, eu sou teimosa e egoísta o suficiente pra continuar puxando a corda que nos liga, porque EU preciso de você na minha vida, mesmo com todas as mentiras e reclamações. Queria que você escutasse a música Sorry da Madonna e prestasse atenção na letra e se possível escutasse as músicas do Delittus. Caso escute as musicas talvez você sofra um pouco ou bastante, mas saiba que o que eu sinto é mil vezes pior. Não há nada mais torturoso do que não sentir. Eu sinto um vazio enorme dentro do meu coração. Exatamente o que escrevi naquele texto que você roubou e não me devolveu ate hoje. E eu te suplico que me devolva, preciso dele. Um beijo de quem te ama!

Paula Amorim
para Junior

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

MÃE

Há quase 18 anos atrás você me deu o melhor presente que eu poderia receber: a vida. E eu nem sei como te agradecer por isso. Eu queria ser a melhor filha do mundo pra você sempre ter orgulho de mim, mas eu sei que tenho muitos defeitos. Eu sei que eu te devo atenção e eu deveria demonstrar mais meus sentimentos por você, mas acontece que quanto mais eu gosto da pessoa, mais difícil é falar dela. Bom, vou tentar.
Como eu sempre te digo, a gente deve ter sido trocada na hora do parto, muitas vezes eu sinto como se eu fosse sua mãe, quero sempre te proteger e muitas vezes acabo te magoando por causa do meu ciúmes, me desculpe. Me desculpe por todas as vezes que eu te fiz chorar e se sentir mal, você não merecia.
Talvez você não seja mãe perfeitinha que aparece nos filmes, que tem os filhos perfeitos e a família perfeita , mas nossa família nunca seguiu mesmo o padrão das outras famílias, não é? E por mais que eu queira que você seja uma mãe mais 'normal', você nunca vai ser, mas você é especial por ser assim, são seus defeitos que me fazem gostar ainda mais de você. Eu só preciso aprender a aceitá-los e a lidar com as nossas diferenças. Preciso confiar mais em você e parar de dar trela pra o que os outros dizem.
Você é incrível, e eu não me imagino sendo filha de outra pessoa. Você gosta de mim do jeito que eu sou, nunca me pediu pra mudar e não me recrimina.
Obrigada por todos os momentos juntas, obrigada por correr atrás dos meus sonhos e sonhar comigo e obrigada por ter me levado ao show do McFLY, que outra mãe faria isso? Acho que nenhuma.
Espero um dia ser metade do que você é, ter metade da sua coragem e da sua força, você é o meu maior orgulho.
Mãe, eu te amo demais, gostaria de ter conseguido por no 'papel' todos os meus sentimentos por você, mas é difícil resumir em palavras o amor que eu sinto por você. Nunca se esqueça que eu te amo mais do que tudo, mais do que meus amigos da internet e dos caras da banda, até mesmo mais do que eu o Dougie, haha.
Ainda vou escrever um livro dedicado a você, contando todas as nossas aventuras.
Eu estou longe me ser a melhor filha do mundo, mas pra mim você é a melhor mãe de todas.
Eu te amo.

Maria Eduarda Amorim, filha de Ana Carla Pereira, com muito orgulho.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Arco-íris

É incrível como esquecemos que a mágica existe depois que deixamos de ser crianças. Quando somos pequenos, nos encantamos com tudo, mas depois de alguns anos perdemos essa sensibilidade e inocência e vivemos ignorando que a magia nos cerca.
Andei lendo Harry Potter e, não que eu acredite naquele mundo mágico fantástico que a J. K. Rowling criou, mas creio numa mágica mais sutil, que move nossas vidas.
Hoje quando acordei o tempo estava nublado e chuvoso, pensei que me depararia com um tempo fechado o dia todo, e pensei 'Puxa vida sempre está ou muito calor ou muito frio e chuvoso, porque eu não posso ter um dia agradável, talvez até com um arco-íris? Já deve fazer mais de um ano que eu não vejo um..'; então segui meu dia emburrada, ainda mais quando depois o sol se abriu e trouxe um calor infernal.
Quando finalmente eu parei de reclamar e resolvi dar uma volta, o destino me trouxe um presente: uma garoa fininha e fresca começou a cair e em poucos minutos um belo arco-íris se formou. Foi a coisa mais linda que eu já vi. Não era apenas um pedaço de arco como os que eu estava acostumada a ver as vezes, o arco estava completo e cobria toda a cidade, como num sonho.
Foi então que eu notei que a mágica está presente nas coisas mais simples, mas eu não percebia. Precisei ver um arco-íris se formando diante dos meus olhos pra perceber isso, mas a mágica se encontra em cada sorriso, no sopro do vento, no brilho da lua e das estrelas na noite escura, na vôo dos pássaros e borboletas, e em cada coração feliz ou aflito. Ela é como a brisa que move a água do rio e as folhas das árvores, mas ela move nossos sentimentos e quando acreditamos que ela existe, a vida se torna muito mais bela e descomplicada.
Deixo à vocês o presente que eu recebi hoje, espero que ele também toque seus corações assim como tocou o meu.



Maria Eduarda Amorim

Pleonasmo

Juro que nunca presenciei em toda a minha vida um céu tão lindo e cheio de estrelas como hoje, exceto a noite em que vi uma estrela cadente. Viajando sozinha pela estrada dura e de superfície instável durante uma noite completamente escura e fria, mas que traz consigo vários pontos brilhantes. Eu olho para essa imensidão misteriosa e penso em você. Onde será que você está? O que você anda fazendo? Você tem pensado em mim constantemente? Sente a minha falta como eu sinto a sua? Eu não tenho essas respostas. Logo  percebo que você é como o céu. Olho e observo, mas ao mesmo tempo que tudo enxergo, nada vejo. Não sei o que o céu é ou o que ele tanto esconde acima de sua superfície. Apenas sei que eu gosto disso. Me sinto bem e amada, pois ele me rodeia por todos os lados como se fosse um prazer estar na minha companhia e adorasse compartilhar esse momento. É como se ele gostasse de acompanhar os meus movimentos e brilhasse tantas estrelas ao mesmo tempo, porque o seu coração está batendo mais rápido. Eu te amo de tal maneira que se pudesse eu adormeceria toda noite sob a luz do luar só para poder te apreciar. Assim, fico aqui perdida dentro dessa atmosfera envolvente e estonteante.


Paula Amorim