Quem sou eu

Escrever alguma coisa não é simples como parece. Um texto que através de palavras, passe emoções e sentidos, exige sentimentos. Não tem hora ou lugar para se escrever. O segredo da escrita é colocar no papel o que seu coração te diz. Nunca deixe de ouvi-lo, porque quando um coração fala você é capaz de escrever palavras que nunca poderia imaginar. O melhor de escrever é provocar a reação final no leitor. Começar um blog é extremamente monstruoso. Parece um bicho de sete cabeças! Mas, nós duas estamos aqui para desvendar esse desconhecido. Por favor, se alguém quiser ler sobre algo, dê a sugestão. Quem sabe não vira um texto interessante? Deixem comentários nos textos que gostarem e também nos que não gostarem. Não é só de elogios que o homem progride, precisamos de críticas! O blog “Weird and Greasy” nasceu para suas autoras expressarem seus sentimentos e provocarem emoções em seus leitores. Esperamos, sinceramente, que todos gostem e se identifiquem com pelo menos um texto. Aproveitem!

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Essência

Sabe, estou cansada dessa rotina. Rotina que me consome dia após dia, semana seguida por semana. Não quero mais essa coisa certinha, correta que enquadra e emoldura a minha vida. Já falei que cansei! Quero fazer do previsível, um imprevisível. Preciso seguir um compasso descompassado que me mantenha viva pelo menos por hoje. Quero um desafio! Novas notas musicais agudas e graves, que façam do meu dia uma oscilação inconstante. Quero um céu nublado, domado pelo opacidade das nuvens. Não quero a lucidez por toda inteira. Apenas a sombra do sol. Quero o vento rangendo os galhos cheios de folhas das árvores velhas. Quero a chuva amarela que cobre e esconde a verde relva molhada pela umidade já seca. Desejo a vida como nunca a ansiei antes. Não quero tê-la, mas sim pertencê-la. Preciso do mar, do riso, do sangue, da chama, da alma, da loucura do meu desejo. Necessito viver por alguém e por alguma coisa. Quero viver por impulsos e por consequências não pagas. Quero sentir tudo aquilo que é intocável e imperceptível pelo resto da humanidade. Não quero ter seis sentidos, quero sete ou um milhão deles. Quero enxergar a beleza e a simplicidade até onde a visão não pode chegar. Desejo sentir as agulhas pontudas e profundas, feitas de gelo, perfurando e machucando as minhas veias. Quero a ardência fervendo do calor ascendente que cresce da mais pequena semente. Só quero viver do jeito que escrevo. Não falo e nem penso, apenas faço. As palavras escritas pela ponta do meu grafite simplesmente vão surgindo simultaneamente com o vazio da minha mente. Não escolho o conteúdo dos textos, não sei nem ao menos o que virá na próxima linha. Eu só sei que escrevo. E escrevendo, me acho e me encontro.

Pa Amorim

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