Ela deitou na cama e os pensamentos começaram a surgir em sua cabeça. Que confusão! Como tantos sentimentos distintos poderiam conviver numa mesma pessoa?
A tristeza era um dos sentimentos mais fortes dentro dela, tão grande que fazia brotar lágrimas dos seus pequenos olhinhos de menina e machucava seu coração.
A tristeza dava as mãos para a saudade, que era o mais cruel de todos os sentimentos, causava feridas que só o tempo poderia curar.
Ela varreu o quarto com o olhar, enquanto a música tocava calma no fundo, se lembrando de todos os momentos bons que tinha vivido. Se perguntava se um dia conseguiria encontrar a felicidade completa de novo.
Ela sorria às vezes e até conseguia se divertir, mas seu coração estava muito machucado e pulsava lentamente enquanto as lágrimas escorriam.
Um grito de pavor ecoava em sua cabeça toda vez que se lembrava do por que estava chorando.
Tentou afastar os pensamentos ruins lembrando de quem ainda a fazia sorrir. Sua família e seus amigos eram a sua força, mas nem sempre compreendiam o que passava em sua cabecinha.
Abraçou seu travesseiro tentando fechar o buraco que se abrira em seu peito, e então, lá no fundo, escondidinho, estava o amor, que mantinha seu coração pulsando.
Nesse instante o amor dominou seu corpo frio com uma onda de calor.Ela se levantou, secou o rosto borrado pela maquiagem que havia escorrido e mudou a música.
A nova faixa, mais agitada, batia no compasso do seu coração, que agora se recompunha. Ela se animou.
Pensou no que tinha acontecido e seu deu conta que acabara de ter mais um de seus momentos de tristeza, vazio e solidão. Se perguntava até quando isso iria acontecer.
Enquanto eles não tinha fim, ela vivia do seu jeito simples, tentando encontrar algo ou alguém que lhe botasse um sorriso no rosto.
Maria Eduarda Amorim
Acho que muitas pessoas podem se identificar com esse conto. É muito bonito!
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