Não sei porque escrevo neste momento para você ou sobre você ao som de McFLY e aos prantos, só sei que preciso fazer isso. Não controlo meus pensamentos e nem meu coração que insistem em você, nem os meus dedos sao rápidos o suficiente para escrever tudo aquilo que sinto em apenas um segundo: ódio, tristeza, dor, pena, amor, esteria, pânico ou nenhum sentimento, apenas a sensação do vazio que atormenta o meu lado esquerdo do peito. Não sei o que pensar, não sei o que falar ou o que fazer. Você me pegou desprevinida, não tive chances de me defender. Foi uma atitude cruel e nojenta… mas por algum motivo eu ainda não consigo te odiar. Sempre me lembrarei de você pelas coisas lindas e maravilhosas que fez para mim, mas a mágoa também perdurará. É, meu amor, você conseguiu estragar um dia da minha vida, mas não minha vida em um dia. Não sei por que insistimos se desde o começo sabíamos do final infeliz, talvez tudo o que é mais arriscado seja mais empolgante. Pena que você não foi o príncipe encantado com quem eu escreveria na última página do meu livro ‘Felizes para sempre!’. Ao invés disso você foi um capítulo perdido dentre tantos capítulos. Meu coração pode estar fechado para um novo enquilino, mas ainda tenho instistos. Mesmo que eu não me interesse pelo cara forte e musculoso que sentou em um banco atras de mim, quando aperto sua mão fico instantaneamente nervosa; ou quando eu percebo que a nove bancos a minha frente está aquele garoto pelo qual me apaixonei no nono ano e meu coração dispara, batendo descompassadamente. São instintos humanos! Mas quando me volto para dentro de mim, é só você que eu consigo enxergar. Porém, se hoje você me pede uma nova chance e que nós dois tenhamos um lance sério que dure mais do que quatro meses de enrolação e eu te respondo que NÃO, não teremos lance algum, prazer: esse é meu instinto protetor em ação. É meu bem, isso tudo é pura biolologia!
Paula Amorim
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