Quem sou eu

Escrever alguma coisa não é simples como parece. Um texto que através de palavras, passe emoções e sentidos, exige sentimentos. Não tem hora ou lugar para se escrever. O segredo da escrita é colocar no papel o que seu coração te diz. Nunca deixe de ouvi-lo, porque quando um coração fala você é capaz de escrever palavras que nunca poderia imaginar. O melhor de escrever é provocar a reação final no leitor. Começar um blog é extremamente monstruoso. Parece um bicho de sete cabeças! Mas, nós duas estamos aqui para desvendar esse desconhecido. Por favor, se alguém quiser ler sobre algo, dê a sugestão. Quem sabe não vira um texto interessante? Deixem comentários nos textos que gostarem e também nos que não gostarem. Não é só de elogios que o homem progride, precisamos de críticas! O blog “Weird and Greasy” nasceu para suas autoras expressarem seus sentimentos e provocarem emoções em seus leitores. Esperamos, sinceramente, que todos gostem e se identifiquem com pelo menos um texto. Aproveitem!

sábado, 9 de julho de 2011

High School

O colégio era bonito e grande, me perdi muitas vezes naquele labirinto de corredores. Já era a terceira semana de aula e eu ainda não tinha aprendido o caminho pra minha sala. Nos intervalos, eu costumava passear pelo prédio em busca de caminhos alternativos até o pátio ou ao banheiro, pois, como eu ainda não tinha amigos, essa era a minha diversão e, além disso, eu ganhava mais senso de direção.
Certo dia, num desses passeios, descobri um banco no pátio da onde eu conseguia enxergar o parquinho dos alunos da educação infantil. Hoje eu posso dizer que esse banco mudou minha vida!
Eu estava sentada observando as crianças brincarem e então senti uma nostalgia imensa da minha infância, era tudo tão simples quando minha única preocupação era me divertir...
Mas o tempo passa, voa e no ensino médio as coisas não são tão fáceis, ainda mais quando você é a aluna nova, numa cidade nova, ou seja, uma completa estranha para todos a sua volta. Me perdi em pensamentos e de repende senti uma mão em meu ombro, era alguém me avisando que o sinal já havia batido. Olhei pra cima para agradecer e então me deparei com o garoto mais lindo do mundo. Ele tinha cabelos castanhos, olhos verdes penetrantes, um nariz bem redondinho e um sorriso maravilhoso. Como eu não tinha notado esse deus grego antes? Bom, talvez seja pelo fato de ter uns cinquenta alunos na minha classe e bem, eu não sou dessas que reparam demais nas pessoas. Enfim, saí do transe e finamelmete consegui respoder um obrigada seguido de um sorriso sem graça, só então percebi que já não lembrava como voltar para a classe.
Num impulso eu me dirigi ao garoto mais uma vez e pedi sua ajuda, e com a maior graça do mundo, ele respondeu que seria um prazer me acompanhar.
No caminho para a classe eu descobri que seu nome: Matheus. Ele era o garoto mais amável que eu já havia conhecido, tinha uma conversa agradável e, meu Deus, o que era aquele sorriso... encantador.
Chegamos à sala, eu me desloquei para o meu lugar num canto afastado e ele foi para o dele que, por bondade do destino, não ficava muito longe do meu. Logo, não consegui mais prestar atenção na aula, podia admirá-lo a vida inteira. Bolei mil planos pra ter uma desculpa pra conversar com ele de novo e só acordei de meus devaneios quando o sinal tocou indicando o final da aula.
Pensei e chamá-lo para que me acompanhasse em um caminho novo até o portão que eu havia descoberto no dia anterior, mas antes que eu me aproximasse dele, uma loira linda e sexy se enrolou em seu pescoço o enchendo de beijos. Adeus, sonhos!
Juntei meu material e segui pelo caminho novo sozinha. Um nó se fechava em minha garganta.
Incontrolavelmente, lágrimas escorriam de meus olhos. Notei que estava perto do banco onde eu me sentara no intervalo. Parei ali pra enxugar o rosto.  Por que eu pensei que teria chances com ele? Era bom demais pra ser verdade.

CONTINUA...


Maria Eduarda Amorim

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